Porque as medidas do MPF não são eficazes contra a corrupção, por Anjuli Tostes |
Cidadania | |||
Sáb, 03 de Dezembro de 2016 15:35 | |||
Abaixo, correlacionamos três razões pelas quais “as #10Medidas contra a Corrupção” do MPF não parecem ser as mais eficazes para resolver o problema da corrupção, que mata doentes por falta de leitos, mata desabrigados pelo desvio de verbas para desastres e mata o futuro do país pela falta de investimento em educação: 1- As medidas não abordam a necessidade de uma Reforma Política As medidas do MPF se propõem a ser uma resposta às revelações generalizadas envolvendo a classe política sem, no entanto, sugerir quaisquer mudanças no sistema político. Não se fala em parte alguma em reforma política, não se aborda a necessária mudança de regras para atacar o problema de forma estrutural. Uma proposta que vise tratar das causas, muito mais que das consequências dos atos de corrupção deve envolver a discussão sobre o sistema de patronagem, que prevê a troca de cargos (e eventualmente, outras benesses) para a formação de maiorias no Congresso, que problematize a forma de financiamento das campanhas eleitorais, os mecanismos de formação das listas partidárias e que amplie as formas de controle popular sobre a atuação dos governantes e sobre o processo político. 2 - As medidas também não tratam do necessário fortalecimento do sistema de controle. Boa parte do que ocorreu na Petrobrás, Furnas e outras empresas públicas só ocorreu devido à falta de investimentos em um programa de integridade e controle interno eficaz. Os esquemas se instalam e se perpetuam devido à falta de controle e accountability. Artigo publicado em http://jornalggn.com.br/noticia/porque-as-medidas-do-mpf-nao-sao-eficazes-contra-a-corrupcao-por-anjuli-tostes
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