As alianças de Lula para as Eleições de 2018 estão dando o que falar. Os puristas se multiplicaram simultaneamente a derrocada do Governo Dilma e o advento do Golpe Parlamentar. As múltplas teses sobre as razões do Golpe tem parte substancial relacionada ao chamado “Republicanismo infatil”do PT.

É aquele prazer do “eu avisei”. E como a sensação de ter previsto algo nos enche de soberba. Essa soberba que se revela com os ataques às alianças de Lula. Uma soberba manca, incompleta pelo fato de que só há acusações e nenhuma alternative realista.

Insisto na tese que é chegada a hora da segunda remessa de viúvas petistas juntar-se ao conglomerado que tem no PT a fonte inegostável para o exercício da crítica política destrutiva (sem propostas exequíveis). Maioria, maioria é a palavra, foi a falta dela que levou ao impedimento de Dilma, é a presença dela no governo usurpador que está mininado o future do Brasil. Mas para os esquerdistas de manual é possível governor sem ela, apenas apelando para o bom senso de um parlamento que sim, só quer se manter no poder.

Qual a diferença entre os fundamentalistas religiosos e aqueles que acreditam que é possível em um regime supostamente democrático fazer qualquer coisa para tirar o Brasil do atoleiro sem compor maioria? E como podemos compor maioria com a minimização de riscos, como a realocação de bilhões para emendas parlamentares?

Com todos os seus erros o ex-presidente Lula tem uma moeda de troca que pode valer mais do que a festa das emendas parlamentares promivida as claras por Temer. Essa moeda é a capacidade de transferir votos. A Lava-Jato já está na descendente e fez recrudescer aquele que muitos julgavam (e desejavam) morto. Políticos como Renan Calheiros não são burros e sabem que suas carreiras políticas dependem do estar bem na foto com seu eleitorado. Quanto mais Temer e sua trupe chicoteiam o povo, mas essa moeda de troca que Lula tem a oferecer se valoriza.?

Ratos tendem a seguir o flautista, e a música que Lula promote aos golpistas é a Valsa do Palanque Vencedor, a sinfonia que todo congressista quer ouvir de quarto em quarto anos.  Porém, os que  já foram seduzidos pelo discurso do presidenciável que vagueia de cais em cais realmente acreditam que o discurso de matar no peito sem maioria na câmara é possível. São músicos ruins, não enchem o bone para fazer com o crédito adquirido aquilo que acham impoprtante para o país. Pior, ainda criticam aqueles que falam o óbvio. Não adianta, podemos espernear e apontar o dedo para a constante desvirginação petista em nome da RealPolitik, mas a não ser que haja incofenssável desejo tirânico por parte de alguns, onde a canetada executiva suplantaria qualquer rebeldia parlamentar, é preciso jogar o jogo como ele é, gostemos ou não.

Artigo publicado originalmente em https://jornalggn.com.br/blog/francy-lisboa/a-valsa-do-palanque-vencedor-oferecida-por-lula

Compartilhe: