Bolsonaro é a terminação lógica do golpe de 2016. Por Luís Felipe Miguel |
Dando o que Falar | |||
Seg, 05 de Novembro de 2018 06:55 | |||
Folha dá, em manchete: “País tem 41 casos de agressão à liberdade de ideias em um ano”. Mas os cursos sobre o golpe de 2016, em dezenas de universidades de todo o país, não são lembrados. Embora tenham sofrido diversas tentativas de censura – do MEC, de parlamentares, de juízes, de procuradores. Os conservadores liberais que se sentem assustados com a vitória de Bolsonaro, entre os quais a própria Folha, não admitem a continuidade entre o golpe e a ascensão neofascista. Como seus congêneres de 1964, aferram-se à ilusão que alimentaram, mesmo depois que o fatos a destruíram: a ilusão de uma intervenção pontual, que afastasse a esquerda e depois retomasse o curso luminoso de uma “democracia” imune a surpresas, despida da expressão dos interesses populares. Mas a única maneira de obter esta “democracia” higienizada é uma espiral ascendente de violência. É a repressão permanente à dissidência política, com a destruição das liberdades. À parte sua bufonaria, Bolsonaro é a terminação lógica do golpe. Jair Bolsonaro. Foto: Miguel Schincariol/AFP Artigo publicado originalmente em
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