Sinopse: Década de 60. Em meio aos grandes conflitos políticos e transformações sociais dos Estados Unidos da Guerra Fria, a muda Elisa (Sally Hawkins), zeladora em um laboratório experimental secreto do governo, se afeiçoa a uma criatura fantástica mantida presa e maltratada no local. Para executar um arriscado e apaixonado resgate ela recorre ao melhor amigo Giles (Richard Jenkins) e à colega de turno Zelda (Octavia Spencer).

Uma inusitada história de amor entre uma criatura misteriosa e uma tímida e sonhadora funcionária de um laboratório secreto do Governo norte-americano. Esse mote, devidamente ambientando nos 1950 em pela Guerra Fria entre Estados Unidos e União Soviética, cativou os membros da Academia de Hollywood. ''A Forma da água'', de Guilherme Del Toro, foi o grande vencedor do Oscar 2018. A obra, que arrebatou quatro estatuetas, incluindo melhor filme e diretor, ganha nova exibição na Sala Walter da Silveira, no período de 19 a 25 de julho (exceto dias 22 e 23/07), com sessões sempre às 15 horas e entrada gratuita.

Paixão por monstros

Em uma das entrevistas que o cineasta Guillhermo del Toro concedeu para a divulgação do filme, ele abordou essa paixão por monstros que são figurinhas carimbadas em quase todas as sua produções. ''Os monstros tem uma dimensão espiritual para mim, são quase religiosos'', revelou o realizador. ''Nós latino-americanos, fomos conquistados e formamos esse sincretismo que combina com o catolicismo e as crenças ancestrais. Isso resultou nos monstros'', complementou.

Del Toro  detalhou também os detalhes da origem do filme. ''A inspiração veio de um mexicano que contou a um produtor americano uma lenda sobre um homem-peixe brasileiro. No fim coube a mim outro mexicano, a tarefa de fazer as pazes com a mesma historia'', finalizou Del Toro.