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“É urgente que a gente pare o genocídio indígena", afirma Luiz Bolognesi após premiação de “A Última Floresta” no 71º Festival de Berlim
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Ter, 22 de Junho de 2021 00:34

Luiz_BolognesiO filme “A Última Floresta”, dirigido por Luiz Bolognesi (“Ex-Pajé”) e produzido pela Gullane e Buriti Filmes, em associação com a Hutukara Associação Yanomami e o Instituto Socioambiental (ISA), venceu o prêmio do público na mostra Panorama no 71º Festival de Berlim.

Esta é a terceira vez que a Gullane é premiada no festival – em 2018 “Ex-Pajé” venceu o prêmio especial do Júri Oficial de Documentários da Mostra Panorama – e a segunda vez que vence a categoria Audience Award, também conquistada pelo filme “Que Horas Ela Volta?”, de Anna Muylaert, em 2015. O Panorama Audience Award acontece desde 1999. Este ano, a mostra Panorama apresentou 16 longas-metragens, sendo “A Última Floresta” o único representante brasileiro. Luiz Bolognesi assina o roteiro do filme ao lado do xamã e líder político Yanomami Davi Kopenawa. De Berlim, onde foi acompanhar as sessões presenciais do filme na edição Summer Special (em março, a primeira fase do festival foi online), o diretor afirmou:

“Esse prêmio é muito importante não só para nós que fizemos o filme, mas para o cinema brasileiro - que fez aniversário nesse dia 19, - e sobretudo para a imagem dos povos indígenas, dos povos Yanomami, que estão sob ataque nesse momento, lutando contra uma invasão de mais de 20 mil garimpeiros ao seu território. É fundamental que a imagem do filme rode os países e o planeta para que a gente possa fazer pressão para a retirada desses invasores ilegais tanto das terras dos Yanomamis como das terras dos Munduruku. Esse prêmio significa que o mundo está de olho e eu espero que o governo brasileiro cumpra a constituição e retire esses invasores da terra legalmente constituída e de direito dos Yanomami. É urgente que a gente pare o genocídio indígena imediatamente", disse Luiz Bolognesi.

O produtor Fabiano Gullane que assina a produção ao lado de Caio Gullane e da Buriti Filmes (Laís Bodanzky e Luiz Bolognesi), também comentou a premiação: “São projetos com grande articulação internacional, que só reforçam um dos valores da Gullane, que é incentivar o mercado audiovisual brasileiro e a exportação de conteúdos brasileiros para o mundo. É uma grande conquista para o nosso audiovisual em um momento de tanta tristeza no nosso país", afirmou.

Em junho “A Última Floresta” também conquistou o prêmio de Melhor Filme no 18º Seoul Eco Film Festival, na Coreia do Sul, e foi exibido no DocsBarcelona - Festival Internacional de Documentários, na Espanha, em maio, no Wairoa Maori Film Festival, na Nova Zelândia, e no Biografilm Festival, na Itália, em junho. No Brasil, teve sessões no Festival Pachamama em maio e em junho, no Festival Internacional Imagem dos Povos e na Mostra Ecofalante de Cinema, durante a Semana do Meio Ambiente. A primeira sessão no Brasil ocorreu no 26º É Tudo Verdade - Festival Internacional de Documentários 2021. O longa também foi exibido nos festivais Visions du Réel, na Suíça, e no Hot Docs, no Canadá.

A Última Floresta” retrata o cotidiano de um grupo Yanomami isolado, que vive em um território ao norte do Brasil e ao sul da Venezuela há mais de mil anos. O xamã Davi Kopenawa Yanomami busca proteger as tradições de sua comunidade e contá-las para o homem branco que, segundo ele, nunca os viu, nem os ouviu. Enquanto Kopenawa tenta manter vivos os espíritos da floresta, ele e os demais indígenas lutam para que a lei seja cumprida e os invasores do garimpo retirados do território legalmente demarcado. Mais de 10 mil garimpeiros ilegais, que invadiram o local em 2020, derrubam a floresta, envenenam os rios e espalham Covid e outras doenças entre os indígenas. Com distribuição da Gullane, a estreia do filme no Brasil está prevista para 2021.

Sinopse:

Em um território Yanomani isolado na Amazônia, o xamã Davi Kopenawa Yanomani tenta manter vivos os espíritos da floresta e as tradições, enquanto a chegada de garimpeiros traz morte e doenças para a comunidade. Os jovens ficam encantados com os bens trazidos pelos brancos; e Ehuana, que vê seu marido desaparecer, tenta entender o que aconteceu em seus sonhos.

 

Elenco:

Davi Kopenawa Yanomami, Ehuana Yaira Yanomami, Pedrinho Yanomami, Joselino Yanomami, Nilson Wakari Yanomami, Júnior Wakari Yanomami, Roseane Yanomami, Daucirene Yanomami, Genésio Yanomami e Justino Yanomami

 

Ficha Técnica:

Diretor: Luiz Bolognesi

Roteiristas: Davi Kopenawa Yanomami, Luiz Bolognesi

Diretor de Fotografia: Pedro J. Márquez

Montagem: Rodrigo Farias

Direção de Produção e Assistente de Direção: Carolina Fernandes

Som Direto: Rodrigo Macedo

Trilha Sonora: Talita del Collado

Mixagem: Armando Torres Jr., ABC, Caio Guerin

Supervisão de Edição de Som e Mixagem: Caio Guerin, Rosana Stefanoni

Supervisão de Imagem: Luisa Cavanagh

Supervisão de Efeitos Visuais: Eduardo Schaal

Produção Executiva: Daniela Antonelli Aun, Ana Saito, Pablo Torrecillas

Produtores: Caio Gullane, Fabiano Gullane, Lais Bodanzky e Luiz Bolognesi

Produtora: Gullane e Buriti Filmes

Produção Associada: Hutukara Associação Yanomami e Instituto Socioambiental (ISA)

Apoio: Amazon Watch, Greenpeace, Rainforest Foundation US, Rainforest Foundation Norway, Survival International

Distribuidora: Gullane

 

Sobre Luiz Bolognesi:

Roteirista premiado, escreveu e dirigiu o longa-metragem de animação?Uma História de Amor e Fúria?(2013),?vencedor do prêmio Cristal de Melhor Longa Metragem em Annecy. O filme foi exibido nos cinemas de seis continentes e premiado nos festivais de Tóquio, Shangai, Atenas, Bordeaux, Strasbourg, Buenos Aires e pela Academia Brasileira de Cinema. Foi exibido na América Latina pela HBO e TV Globo.

O documentário Ex-pajé, onde assina o roteiro e a direção, recebeu o prêmio especial do júri nos festivais de Berlim e Chicago, prêmio da Crítica no Festival É tudo Verdade, além de outros prêmios nacionais e internacionais.

Também fazem parte de seu currículo como diretor e co-diretor, obras como o curta?Pedro e o Senhor, Cine Mambembe, O Cinema Descobre o Brasil,?A Guerra dos Paulistas, Lutas.doc,?Educação.doc, Juventude Conectada?e Guerras do Brasil.doc.

Assina os roteiros dos filmes?Bicho de Sete Cabeças,?O Mundo em Duas Voltas,?Chega de Saudade,?Terra Vermelha,?As Melhores Coisas do Mundo,?Amazônia, Planeta Verde, Elis?e?Bingo -?O Rei das Manhãs. Seus trabalhos receberam prêmios nacionais e internacionais e foram exibidas em países dos cinco continentes.

 

Sobre Davi Kopenawa Yanomami:

Davi Kopenawa Yanomami é xamã e porta-voz do povo Yanomami.? Por 25 anos, ele liderou incansavelmente a longa campanha nacional e internacional para garantir os direitos à terra dos Yanomami, pela qual ganhou reconhecimento em todo o mundo e em seu país natal, o Brasil. 
Davi nasceu por volta de 1956 em Marakana, uma comunidade Yanomami no norte da Amazônia.? Em 1983, Davi começou a lutar pelo reconhecimento da vasta área habitada pelos Yanomami.? A área Yanomami foi oficialmente reconhecida pelo governo brasileiro pouco antes de sediar a primeira Cúpula da Terra da ONU no Rio de Janeiro, em 1992. 
Durante os anos 1990 e início dos anos 2000, Davi fez muitas viagens ao exterior para se reunir com órgãos governamentais e ONGs para arrecadar fundos para projetos vitais de saúde e educação com os Yanomami, bem como para expor as ameaças contínuas de garimpeiros, colonos e fazendeiros.

Em 1989, Davi ganhou o prêmio UN Global 500.? Em 1999, Davi foi agraciado com a Ordem do Rio Branco pelo presidente brasileiro Fernando Henrique Cardoso.? Em 2008, o júri do prêmio espanhol Bartolomé de las Casas concedeu a Davi uma Menção Honrosa.? Em 2012 a Câmara Municipal de Boa Vista (RR) premiou Davi com a Honra ao Mérito.? Em 2019, ele recebeu o prêmio Right Livelihood por seu trabalho na proteção do meio ambiente.? Em 2021, ele se tornou membro da Academia Brasileira de Ciências.

 

Sobre a Gullane:

A?Gullane?é uma das maiores produtoras e incentivadoras do mercado audiovisual brasileiro, além de uma das principais exportadoras de obras independentes. Fundada em 1996 pelos irmãos Caio?Gullane?e Fabiano?Gullane, já soma em seu catálogo mais de 50 filmes lançados com destaque no cinema nacional e no exterior e 30 séries para televisão e plataformas digitais.

Entre os filmes e séries de destaque estão?"Carandiru", “Bicho de Sete Cabeças”, “O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias”; a franquia “Até que a Sorte nos Separe”; “Que Horas ela Volta?”, "Como Nossos Pais”, “Bingo - o Rei das Manhãs”;?as séries “Alice” e "Hard" (HBO), "Unidade Básica - 1a e 2a temporada" (Universal Canal), “Carcereiros” (Globoplay), “Irmãos Freitas” (Space e Amazon Prime), “Ninguém Tá Olhando” e "Boca a Boca” (Netflix).?Já?coleciona mais de 500 prêmios?e?seleções?em importantes festivais de cinema e televisão do Brasil e do mundo como Mostra de Cinema, Festival do Rio, Cannes, Veneza, Berlim, Sundance, Toronto, MIPTV e Emmy.

 

Sobre a Buriti Filmes:

A Buriti Filmes é uma produtora audiovisual independente fundada em 1997 por Laís Bodanzky e Luiz Bolognesi. Ao longo desses anos, produziu cerca de dezesseis obras entre curtas, séries, documentários e longas-metragens.

Na ficção teve sua estreia na competição oficial do Festival de Locarno com o filme Bicho de Sete Cabeças (coprodução Brasil/ Itália - 2001) - de Laís Bodanzky. Filme que projetou o ator Rodrigo Santoro para o mundo e que se tornou um clássico na cinematografia brasileira.

Entre os filmes e séries de destaque estão Educação.doc, Cine Mambembe - O Cinema Descobre o Brasil, Mulheres Olímpicas, As Melhores Coisas do Mundo, Guerras do Brasil.doc, Chega de Saudade, As Melhores Coisas do Mundo, Uma História de Amor e Fúria, Como Nossos Pais e Ex-Pajé.

Suas obras conquistaram prêmios nacionais e internacionais, incluindo o mais importante prêmio de animação mundial, em Annecy e melhor filme no Festival de Gramado. Também teve seus filmes exibidos em mais de 30 países.

Durante 15 anos foi responsável pelos os projetos sociais Cine Tela Brasil de ensino e exibição de filmes nas periferias do Brasil, promovendo o encontro entre cinema e educação nas comunidades de baixa renda. O projeto levou mais de 1.3 milhões de pessoas ao cinema, a maioria pela primeira vez, em 759 bairros de todo o Brasil e produziu mais de 450 curtas de jovens moradores de periferias.

Atualmente produz a animação Viajantes do Bosque Encantado, com direção de Alê Abreu ainda sem data prevista de estreia. O longa-metragem de ficção Pedro, com direção de Laís Bodanzky e coprodução Biônica Filmes está em fase de finalização, com previsão de estreia em 2021.

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