Estamos vivendo em tempos de tensão e precisamos ficar em constante alerta. Salvador é uma cidade cheia de costumes e hábitos perversos e muitas vezes escravocratas.

Muitos são os discursos apresentados por artistas atentos as dores do mundo, tendo eles sido estereotipados como raivosos e histéricos. O hábito do ouvir, tem sido muito praticado, porém o falar é uma dádiva que deve ser usada em demasia.

Falar do preto que morre diariamente pelas ruas da cidade, em pontos de ônibus, nas escolas, violentado em seus espaços divinos de culto ao sagrado, humilhados em seus trabalhos, muitas vezes silenciados e esquecidos no processos da vida. Total descaso.

Mostrar a branquidade o seu lugar de vergonha e que não somos os mesmos de outros tempos, os nossos antepassados já pagaram um preço muito alto por nossa suposta liberdade.

O pente chegou nesse momento, com essa missão: GRITAR, fazer com que outros ouçam e a voz ecoe mais alto e sem ruídos, como fazem até os dias atuais os griot’s na África Ocidental.

Os griot’s possuem o compromisso de preservar e transmitir histórias, os conhecimentos e as canções de seu povo, mostrando as novas gerações os caminhos corretos.

“A carne mais barata do mercado é a carne NEGRA” já cantou Elza Soares por muitos anos e atualmente se repete na voz de Larissa Luz, porém evidenciando que ERA a carne negra.

Próximo sábado, dia 16 de fevereiro a partir das 22h, o Club Banhoff no bairro do Rio Vermelho será o palco da edição especial do baile mais preto do Brasil: O Pente.

Convocamos os griot’s modernos, os DJs Sankofa de Gana e Fábio Lima de Angola para traduzir em música nossa ancestralidade e apresentando o que é protagonismo preto.

No line up também o rapper baiano Diih Cerqueira mandando seu recado sobre questões ligadas ao universo da diversidade sexual e padrões sociais e o ator Fabrício Boliveira com um set despretensioso.

Se liga no insta @opente_afesta. Ingressos no lote promocional [R$ 20] no Sympla.