O Verão bateu na porta. Vi com contentamento que inauguraram um Café no forte São Diogo, dedicado a Caribé. A Barra ganha e o lugar em termos de localização é top, para vc apreciar a tarde ir embora.

O sol se põe no mar. Foram 2 grandes acertos culturais Caribé e Verger ocupando os Fortes, com o segundo sendo homenageado no Santa Maria, dedicado a fotografia.Essa memória do "Ser baiano" é importante para o turismo e a cultura, deve ser cultivada. Outras duas casas também merecem o aplauso , a Casa do Rio Vermelho, aonde você entra de verdade no universo amadiano e de uma Salvador arborizada com grandes quintais, aonde a brisa era a estrela. Aplaudo na sequência Casa do Carnaval, tb é uma imersão interessante na nossa diversidade.

Agora é Verão e ontem vi a grade do Festival da Virada, quando milhares de pessoas estarão por aqui. Nesse caso achei que faltou curadoria artística, ficou praticamente só entretenimento, apesar do presente que é Milton Nascimento.Claro que o reveillon tem que ser festivo, mas os outros dias, poderia ter uma maior diversidade, alcançar outros públicos e ter pelo menos um dia, que mostrasse a Bahia num só lugar, importante para quem nos visita ter essa visão. Acho que a Fundação Gregório de Mattos deveria ter uma ingerência maior na grade, fica a sugestão.Ontem passei pela rua chile, O Fazano ficou lindo, torcendo para dar certo. aquele área já existe vida, graças aos cinemas, a reativação do teatro, a estação Barroquinha, somados aos dois hotéis recentemente inaugurados.

Tomara que agora vá.No mais ouço noticias do Museu da música Brasileira. Acho que deve ser da música baiana e de seus movimentos musicais, as histórias são tantas que talvez não caiba num prédio. Quando Salvador foi candidata a cidade da música, Khoury, que era secretario da prefeitura me pediu um texto curto, que relatasse o porque desse merecimento eu disse ; Caymmi internacionalizou a música brasileira, na voz de Carmen Miranda. João Gilberto inventou a bossa nova e o Brasil que só exportava matéria prima, começou a exportar arte. Dodô e Osmar inventaram um palco que anda, o trio elétriico, de quebra ainda veio uma guitarra, baiana.Caetano, Gil, Tom Zé, Gal, Rogerio Duarte misturam tudo na terra da mistura e foram protagonistas do Tropicalismo, Os Novos Baianos uniram o samba ao rock e "Acabou Chorare" se tornou um dos 10 discos mais importantes do século XX. Moraes Moreira se uniu a armandinho, colocou voz no trio e fez uma revolução no carnaval , levando ainda para as cordas do seu violão, os afoxés. Luis Caldas inventou o fricote e abriu o caminho para uma indústria da musica na Bahia. Neguinho do Samba, inventou o samba reggae e levou a Bahia para o mundo e trouxe mundo para cá, Paul Simon, Michael e Jackson.Carlinhos Brown, tirou a percussão da cozinha e levou para frente do palco, ganhou grammys e criou a Timbalada. Me desculpe os paulistas, mas o pai do rock é Raul Seixas e o samba? nasceu na Bahia, nos engenhos do Recôncavo, a matriz é o samba chula. Tem merecimento.

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