Conseguirão?
Claro que não. Nunca.
O poder aqui, como em outros países, conquistaram nas lides democráticas mas usando ferramentas e armas que desmerecem a democracia: muita manipulação e apoio de mídias hegemônicas que não primam pelo comportamento justo e igualitário com relação aos atores políticos e se transformaram em máquinas de linchamento de adversários ideológicos.
Mas vai ser sempre assim.
É luta sempre e estamos aqui para falar, intervir e combater a truculência e a violência.
E não estamos sozinhos!
Alguns alentos vigorosos que recomendo para esses dias de certo "banzo":
1. O filme ROMA
Maravilhoso trabalho do mexicano Alfonso Cuarón, um cineasta e intelectual, culto e sofisticado. O filme é autobiográfico, passado em Mexico City, nos anos 70, a partir da história de uma família [a sua] que mora em Colônia Roma, bairro aprazível e muito simpático da metrópole mexicana. Tudo ali: as relação sociais, a violência, o machismo e o amor tentando sobreviver, respirar. Um preto & branco magnífico, com constraste e brilho finamente ajustados.
Está nos cinemas e no Netflix. Imperdível!
2. Fernanda Lima, entrevista
Na TRIP deste mês (dezembro), a entrevista principal com a artista e apresentadora do AMOR & SEXO, programa da Rede Globo. O programa dela é um sopro de vida, liberdade e criatividade. Uma das melhores coisas da TV aberta brasileira de todos os tempos. E ela é uma mulher muito bacana. Pensa muito bem. Na entrevista, a trajetória de como ela evoluiu como mulher e como artista.
Formidável!
3. O livro "Como as democracias morrem"
Lançamento da Editora Zahar, 2018. Dois professores de Harvard, Steven Levitsky e Daniel Ziblatt, passaram anos estudando como surgem os processos de ataques à democracia e a que eles se destinam. Uma visão histórica e do presente atual, com foco na Trump regressão. Para ser lido com atenção!
4. O livro "Caderno de memórias coloniais"
Lançamento aqui, no Brasil, da Editora Todavia, 2018, foi publicado em 2009, em Portugal. Autobiográfico, narra a visão de uma jovem descendente de portugueses, Isabela Figueiredo, nascida em Lourenço Marques (hoje, MAPUTO), dos anos finais do colonialismo português na África. Memorialismo, história e sensibilidade poética. Um belo livro.
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Viva a beleza do mundo livre. Quanto mais livre e mais belo mais incômodo aos truculentos e medíocres.
Dá-lhes cultura!