Dificilmente encontraremos na história do Brasil recente, um presidente eleito e ainda não empossado que tenha vivido tantas confusões e trapalhadas como tem acontecido com Jair Bolsonaro.

É bem verdade que também dificilmente encontraremos um presidente com características tão próprias quanto o atual, posto que talvez salvo Collor nenhum outro tenha sido eleito com base em tantas bravatas e declarações no mínimo inusitadas para não dizer expressões mais pesadas e ofensivas que são bem merecidas.

Já começaram a circular na internet várias brincadeiras em que se destacam os “laranjas”, além de “Jesus no pé de goiaba”, que cada vez mais complicam a família Bolsonaro, nos casos cada vez mais enrolados do filho mais velho, atualmente deputado estadual do Rio de Janeiro e eleito senador, juntamente com a 1ª dama e família de assessores que vem acompanhando o presidente eleito há bastante tempo, todos envolvidos em um esquema de movimentações financeiras suspeitas de milhões de reais, que circulam em dinheiro vivo e cheques depositados e retirados em contas de parentes, em dias próximos dos dias de pagamentos da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro.

E quanto mais se desenvolvem as investigações mais se complicam as situações destes vários assessores, incluindo policiais militares que ocuparam esses cargos de assessoria em posições comprometedoras, inclusive com estadias em Portugal de mais da metade do tempo em que deveria estar prestando serviço em gabinetes da família Bolsonaro. Alías nada de surpreendente, visto que a ALERJ e a PMRJ, como várias outras instituições desse estado, estão cada vez mais comprometidas com esquemas de corrupção e propina que já levaram os 4 últimos governadores desse estado á cadeia, juntamente com inúmeros secretários e assessores, diretos e indiretos.

De forma que nesta última semana em que o Supremo Tribunal Federal, mais uma vez, voltou a ser manchete nas mídias sociais pelas trapalhadas de decisões e contra decisões, tomadas e negadas, desta vez envolvendo as prisões de condenados em segunda instância que já mantêm presos mais de 170.000 pessoas, mesmo que a constituição preveja que só pode ser mantido em tal situação, quem já tenha “julgamento transitado em julgado”, o que vale dizer que esteja em condição de não haver mais recursos. Vale lembrar que apesar do número absurdo de prisioneiros, cerca de 170.000 vale repetir, o único nome destacado foi novamente o do presidente Lula.

Enfim, para tirar de foco as trapalhadas do presidente eleito, já famoso mundialmente pelo alinhamento automático ao também presidente Trump, especialmente na beligerância contra os governos de esquerda, especialmente contra Cuba e a Venezuela que foram grosseiramente “desconvidadas” para a posse de Bolsonaro, só mesmo o complicado caso do médium João de Deus, que além dos mais de 500 depoimentos de abuso sexual, se somam novos processos de dinheiro entocado e de descobertas de armas sem registros conforme o previsto.
O que prenuncia que este novo caso deve render muita matéria jornalística e por muito tempo.

23122018.

Sérgio Guerra.

Licenciado, Mestre e Doutor em História
Professor Adjunto da UNEB,.DCH1 Salvador.
Conselheiro Estadual de Educação - BA.
Colunista Político Semanal do Portal Mais Bahia.
Presidente do Instituto Ze Olivio IZO
Cronista do site "Memorias do Bar Quintal do Raso da Catarina".

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