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A estupidez galopante. Por Claudio Guedes
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Qui, 10 de Janeiro de 2019 02:57

Claudio_GuedesO novo ministro das Relações Exteriores, um diplomata de 2° categoria e fundamentalista religioso, anunciou que o Brasil deixará o Pacto Global de Migração da ONU.

Firmado por 164 nações, o Pacto é apenas um documento de intenções humanitárias e de solidariedade, um norteador de condutas com relação à questão dramática dos milhões de refugiados que buscam algum tipo de abrigo. É não-vinculante, ou seja, não obriga nenhuma nação a seguir nenhum procedimento padrão.

O presidente Jair Bolsonaro, após a ação do Itamaraty, usou as redes sociais para criticar o acordo e afirmou que o país é soberano para decidir se aceita ou não migrantes. Mais uma vez o presidente demonstra desconhecimento e mostra-se raso e ignorante nas questões internacionais.

O papa Francisco tem defendido o Pacto Global de Migração da ONU desde que este virou alvo de políticos identificados com o nacionalismo, como o presidente americano Donald Trump, o premiê húngaro Viktor Orbán, o vice-primeiro-ministro da Itália, Matteo Salvini e, agora, pelo presidente brasileiro Jair Bolsonaro. Uma pequena parcela de dirigentes xenófobos e criadores de tensões internas e com seus vizinhos. Uma minoria barulhenta.

A ação da diplomacia brasileira é uma estupidez.

Bolsonaro e Ernesto Araújo, o mais cretino chanceler que já passou pelo Palácio Itamaraty, esquecem que Brasil tem muito mais imigrantes que emigrantes. Mais de 3 milhões de brasileiros vivem fora do país. Cerca de 0,5% da população residente no Brasil vem de outros países.

Os brasileiros no exterior precisam mais da proteção da ONU, do que aqueles por aqui procuram abrigo. Além do mais o nacionalismo fajuto de Bolsonoro & Araújo é uma contradição com o próprio processo de formação da nação brasileira, onde a imigração foi fator determinante e central. Açorianos, africanos, espanhóis, japoneses, italianos, sírios, libaneses e alemães deram forma à nação, após a ocupação do vasto território continental no Atlântico Sul pelos portugueses no século XVI. O Brasil não seria o Brasil sem este vasto amalgama de etnias e culturas.

O nacionalismo dos dirigentes do país, nesta quadra complicada da vida nacional, é uma farsa.

Apenas mais uma farsa. Um refúgio para a canalhice de políticos desprezíveis.

Claudio Guedes é empresário

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