Ne verdade se trataria de um "sequestro". Ou, caso entregue a policiais brasileiros por autoridades locais, de uma decisão no mínimo estapafúrdia do governo boliviano, já que Battisti não é cidadão brasileiro, nunca foi condenado por nenhum - NENHUM - crime cometido no nosso país e teve o seu direito de permanecer no Brasil recentemente cassado por decisão de um ministro do STF.

Cesare Battisti é cidadão italiano, condenado à prisão no seu país natal, em processos complexos e polêmicos, que dividiram a comunidade jurídica internacional. Juristas franceses e brasileiros, que os estudaram, encontraram uma série de problemas nos autos e insistem que as provas que embasaram suas condenações não são objetivas e irrefutáveis, deixando margem razoável de dúvida acerca da sua culpa. Outros juristas afirmam que os processos foram conduzidos com correção.

Independentemente da questão polêmica envolvendo Battisti, certamente a decisão de mandar um avião brasileiro buscar um refugiado italiano, preso em um país soberano, foi de um oportunismo tão vulgar que não passará despercebida pela comunidade latino-americana e internacional.

Tal ato diz, e diz muito, do que entendem por justiça & direitos os que no Brasil de hoje estão no comando do país.

Vergonha? Apenas mais uma, de uma série infindável. E nem se passaram duas semanas do governo "novo".