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Sob o autoritarismo do (mau) gosto. Por Albenísio Fonseca
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Ter, 15 de Janeiro de 2019 17:40

Albenisio-Fonseca2Problema sério mesmo o da transformação do bucólico e residencial bairro do Santo Antônio Além do Carmo, reduto de artistas plásticos, escritores e músicos, um dos mais antigos da capital baiana, com seus bares, restaurantes, em circuito de shows.

Há que se mobilizar a comunidade e denunciar de forma veemente essa intervenção grave e temerosa da Prefeitura.

Síndrome da Sociedade do Espetáculo, os grandes eventos, mega shows, são extremamente danosos ao patrimônio arquitetônico e às relações de bairro, extrapolando, inclusive, os já frágeis impactos de vizinhanças, nos quais temos ainda a considerar as incidências de choques nos direitos público e privado em questão.

É visível o quanto a cidade tem sérios problemas estruturantes no que diz respeito à capacidade de abrigar e promover grandes eventos. Saber mover o moinho da economia criativa.

Sob ausência de centros de convenções, ou ocupação pertinente de territórios, parques, espaços ou ambientes ao ar livre, a mobilizar públicos e toda a gama de serviços que isso acarreta, há a perda econômica, com geração de empregos, no que tange à presença de coerentes projetos culturais.

Vide a indefinição no uso do Parque dos Ventos, na Boca do Rio - palco apenas para o réveillon. Mesmo o Pelourinho ou a Arena Fonte Nova, principal opção e também impactante.

O Santo Antônio Além do Carmo e o Farol da Barra são dois exemplos gritantes de vulnerabilidade nesse caso. Mas o da poluição sonora parece ecoar por toda a cidade. No que se há de notar a invasão do espaço aéreo onde se dá a acústica social mais próxima - dos paredões de som em esquinas, postos de combustíveis, ou da praia, como se ouve, atualmente em Stella Maris, no que, sem meias palavras, faz vigorar na cidade um autoritarismo do (mau) gosto, um tipo de lazer que agride normas mínimas de convivência, em meio à inapelável parcimônia dos policiais ao lado e à parca demonstração de sensibilidade do Ministério Público e da Procuradoria Geral da República, quando os comprometimentos, nesses casos, provêm de inconsequentes atos desarmoniosos promovidos sob alçadas da Prefeitura e do Governo do Estado. 
Resta imaginar essas festas de largo ao lado da casa do governante de plantão.

Albenísio Fonseca é escritor e jornalita

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