Numa jogada calhorda e criminosa, Bolsonaro defendeu a reabertura do comércio para tirar de si a responsabilidade pela gravíssima crise econômica que inexoravelmente vai se abater sobre o país por causa
da pandemia do coronavírus e que as políticas neoliberais do seu governo só agravaram. Ao transferir a responsabilidade do confinamento para os governadores e prefeitos, ele pretende chegar no futuro, quando o país estiver vivendo uma profunda recessão e crise econômica sem precedentes, poder dizer; “Tá vendo aí! Se não houvesse o confinamento, não estaríamos nessa situação!” Trata-se de uma manobra de quem não tem nenhum caráter, nenhuma dignidade, um verdadeiro crápula, que se exime de tomar uma medida necessária, para não arcar com o ônus dela. O confinamento é a única solução reconhecida mundialmente para evitar que a pandemia provoque dezenas de milhares de mortes, ou muito mais, em um país como o Brasil, em que milhões vivem na pobreza e na marginalidade. Mas Bolsonaro, em toda a sua pequenez, não se importa com isso, ele só se importa com a sua sobrevivência política. Mesmo que tivesse a capacidade intelectual para pensar em um plano mais amplo, ele não se importaria em saber que seu lugar já está reservado no lixo da história, junto com Moro, Guedes, Weintraub, Sales, Damares, Wajngarten et caterva. Ele pensa com a cabeça de um miliciano de subúrbio, que é o que ele é. Por isso, só pensa em sua sobrevivência, em um futuro imediato. E, assim, Bolsonaro mostra o que sempre foi, um covarde, ignóbil, que não se importa em jogar com a vida e a morte de milhares de concidadãos, para tentar garantir sua sobrevivência política. Bolsonaro não é apenas um facínora que faz apologia de torturadores, um ignorante obscurantista e preconceituoso, ele é um verme desprezível, aquele que chegou no nível mais vil e abjeto da condição humana. |