Como são muitos os possíveis vieses que se pode adotar para analisar cada uma dessas crises, vamos tentar, resumidamente, tentar pontuar alguns elementos que podem nos ajudar a entender melhor seus possíveis desdobramentos, bem como fazer

um pequeno exercício de previsão do que pode acontecer.

Em primeiro lugar consideramos cada vez mais assustador os

prováveis desdobramentos da epidemia no Brasil se observarmos as

críticas situações de nossa saúde, não só despreparada para atender as

doenças habituais e corriqueiras de qualquer população, especialmente

as dos países com péssimas condições de atendimentos não só no cotidiano de saúde, mas também pela inexistência de uma infraestrutura que atenda as exigências sanitárias de água e saneamento básico, pois grande parte de nossa população não tem acesso a distribuição de água tratada e uma rede de esgotos que chegue a uma grande parte de nossa

população urbana, que dizer das rurais.

Esta situação é ainda mais agravada pela ausência de uma coordenação política nacional, (Cadê a Presidência da República?), posto que as iniciativas dos governos estaduais e municipais, e até mesmo do Ministério da Saúde, articuladas com as grandes instituições internacionais da área, como a Organização Mundial da Saúde, OMS, e embasadas em pesquisas científicas das maiores instituições de todo o mundo, como as universidades e centro de pesquisa, são afrontadas diariamente pelas ações e declarações do presidente que parece mais interessado em vender remédios, como a cloroquina, absolutamente não recomendados por pesquisas de todo o mundo.

Tal comportamento desequilibrado e baseado muito mais no "achismo" do que nos conhecimentos científicos que ele tem sistematicamente criticado e reduzido em função dos cortes de verbas

orçamentárias que tem imposto as nossas universidades e centros de pesquisa, como a própria Fundação Oswaldo Cruz, tem contribuído para que parte significativa da população, especialmente, as menos favorecidas tenha se recusado, quase que sistematicamente a obedecer as regras de "isolamento social", até agora a única fórmula

reconhecida de controle da pandemia, posto que ainda não existe eficaz vacina nem medicamento comprovado para tal.

Quanto à intermináááááááveis crises políticas, veremos e outra oportunidade, pois o esse nosso espaço aquí é muito exíguo para tal.

17052020.

Sérgio Guerra.

Licenciado, Mestre e Doutor em História

Professor Adjunto da UNEB,.DCH1 Salvador.

Conselheiro Estadual de Educação - BA.

Colunista Político Semanal do Portal Mais Bahia.

Presidente do Instituto Ze Olivio IZO

Cronista do site "Memorias do Bar Quintal do Raso da Catarina".

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