Domingueiras CLXXXIV |
Seg, 13 de Julho de 2020 18:11 |
Existe uma insatisfação generalizada contra a política ambiental brasileira responsável pelos maiores e mais crescentes índices de desmatamento e queimadas na Amazônia e nos Cerrados, o que tem se manifestado não só no Brasil, como também nos grandes conglomerados multinacionais de investidores que tem adotado uma linha de responsabilidade cada vez maior no que se refere ás políticas ambientais que são cada vez determinantes nos acordos internacionais chegando ao ponto de brecar alguns deles á exemplo do que está acontecendo com o acordo da União Européia como MERCOSUL que já conta com o veto preliminar da França para a sua assinatura, o que por si só o inviabiliza por completo, posto que é preciso a unanimidade para a sua aceitação. O primeiro momento crítico se deu quanto este governo, por idéia do seu ministro do Meio Ambiente, resolveu arbitrariamente alterar a composição da Coordenação do Fundo de Desenvolvimento da Amazônia, FDA, para centralizar mais seu controle o que valeu o repúdio da Noruega e Alemanha, os seus dois maiores contribuintes. Isto representou uma significativa perda de recursos, em seguida, o governo alterou sua estrutura e nomeou o general vice-presidente como seu coordenador, esvaziou a presença dos governadores da região, que até então representava os interesses locais e tinham papel bastante Esta semana um grande conjunto de fundos de investimentos multinacionais enviou correspondência a várias embaixadas do Brasil na Europa, bem como ao coordenador do FDA cobrando esclarecimentos sobre o fracasso da política de preservação da floresta amazônica, bem como cobrando providências contra as queimadas e o desmatamento que cresce a números recordes neste governo. Ao mesmo tempo um grande grupo de Por outro lado, um grupo de procuradores da República, que trabalha nesta região, encaminhou denúncia contra o presidente por “desmonte doloso” dos órgãos de controle do desmatamento e das queimadas, bem como do esvaziamento e até da anulação das multas dos contraventores quando presos, ao tempo em que estuda encaminhar projetos de leis que regulariam e legalizariam as terras griladas, tanto das populações nativas como as da União, na política que o ministro do Meio Ambiente disse que se devia aproveitar que o noticiário estava ocupado com os escândalos da pandemia para fazer “passar a boiada”. Assim, o Brasil cada vez mais se torna tema constante de assombro mundial. 12072020. Sérgio Guerra. Licenciado, Mestre e Doutor em HistóriaProfessor Adjunto da UNEB,.DCH1 Salvador. |
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