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João Carlos Salles: de Wittgenstein à vida pública. Por Emiliano José
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Dom, 19 de Julho de 2020 03:03

Emiliano_JoseA gente quer no destino mandar, e não manda. João talvez imaginasse só vida de filósofo.
Tudo tão calmo, apenas as turbulências do mergulho no passado ou no presente dos pensadores, dos intérpretes do mundo.
Tão bom seria ir pra Nova Iorque, e seguir nesse mergulho, não é, João?
Talvez quem sabe seja o diabo do Marx a cutucá-lo - os filósofos interpretaram o mundo, resta transformá-lo.
Deu o estalo.

Ninguém há de descobrir onde caiu do cavalo, sua Estrada de Damasco.
Resolveu saltar para a turbulência da polis.
Assumir a Cidade.
Deixar de lado, por algum tempo, seu Wittgenstein.
Foi conhecer de perto as cores do mundo.
E João descobriu-se.
O filósofo, coisa incomum, revelou-se um invejável talento político.
Porque tudo é política.
João Carlos elegeu-se reitor da Universidade Federal da Bahia.
Tal a performance, foi reeleito sem enfrentar um único concorrente.
Unanimidade.
E foi falando, o verbo sereno.
Quem o conhece, sabe da fala mansa, da atitude carinhosa com o interlocutor, da atenção, da ternura.
Na tribuna, outro.
Não, não perde a ternura.
Mas, duro, firme nos argumentos, sólido.
Wittgenstein, de lado, e Guevara assume a cena.
Defesa intransigente da Universidade pública, adversário do golpe e do governo Bolsonaro.
O discurso ganhou o País.
Torna-se presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições de Ensino Superior (Andifes).
Tornou-se o principal nome do País na defesa da universidade pública.
Na UFBA, executou fielmente as políticas públicas afirmativas, nascidas sob os governos de Lula e Dilma.
Tem sido, no meio dessa pandemia, um reitor a proteger a vida dos estudantes, dos professores, dos técnicos-administrativos, a colaborar com governos cuja prioridade seja também a vida.
E a pandemia não o surpreendeu descuidado com a excelência acadêmica.
Em 2019, na América Latina, a UFBA ocupava a 31ª.
Ano seguinte, a 28ª.
No Brasil, em 2019, era a 18ª.
Em 2020, a 17ª.
No Nordeste, em 2019 era a 3ª.
Em 2020, a 1ª.
Os dados podem ser conferidos no The World University Rankings.
Nós, baianos, temos um orgulho danado de assistir à jornada desse  filho da Cidade heróica.
É, nascido em Cachoeira.
Eu o vi nascer para a política como parceiro do jornal Em Tempo, em 1977, menino, menino.
Vejo-o agora, maduro, e ainda jovem, tão compenetrado de suas tarefas públicas, tão responsável com sua terra.
Tenho certeza: será uma jornada de longo curso.
A Bahia precisa dele.

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