Domingueiras CXCVII. Por Sérgio Guerra |
Seg, 19 de Outubro de 2020 00:52 |
Enquanto a Amazônia, o Cerrado e o Pantanal ardem em chamas e esperam que as temporadas de chuvas diminuam e, quiçá extingam esta onda de flagelos sazonais, mas intensificados pela incúria e descaso governamental, que aliados às crises de temperatura, cada ano mais extremadas, o Brasil gasta dinheiro e tempo das forças armadas em treinamento para uma possível ação naquela primeira região em virtude de uma “agressão estrangeira”, (talvez da Venezuela ou Cuba?), posto que a vizinha mais próxima tem estado, cada vez maisfrequente, e intensamente, na mira dos EUA e tem sido o alvo do governo Trump, o grande guia e inspirador do governo brasileiro. Aliás, vale lembrar que as eleições dos EUA, salvo algumas surpresas de última hora, caminham para um vitória cada vez mais segura do opositor Biden que aparece cada vez mais como favorito a se considerar os dados das mais recentes pesquisas e alguns indicativos que os favorecem, como o número de eleitores que já votaram, um forte indicativo de favorecimento da oposição, além das grandes campanha do “VOTE”, posto que a tradição do voto voluntário favorece a ausência dos eleitores que por sua vez beneficiam os setores mais conservadores, posto que os jovens, negros e as mulheres, eleitores cativos e tradicionais dos democratas são os que mais se ausentam. A razão desse entusiasmo com as eleições norte-americanas reside no fato de que a derrota do conservadorismo e do nacionalismo histérico nos EUA se refletira em todo o mundo, de um modo geral, e no Brasil muito especialmente, posto que o Bolsonaro é uma cópia mal arrumada do presidente Trump e sua linha política do atraso. Enfim, uma derrota do governo, lá necessariamente favorecerá o crescimento das oposições pelo lado de cá. Enfim, em escala mundial a democracia tenderá a crescer com a derrota do fascismo e do nacionalismo exacerbado que Trump tão bem representa. Por outro lado, “prá não dizer que não falei de flores”, é aterrorizante o crescimento do prestigio do presidente Bolsonaro, até nas grandes capitais, a partir de sua “política emergencial” de doação de alguns poucos cruzados que o torna um “benfeitor” dos miseráveis, que ele mesmo potencializou com sua política de desemprego e de redução do salário mínimo. Esperamos que com o passar do tempo e a derrota de Trump, o Brasil desenvolva uma melhor consciência e que superemos este infausto período de nossa história, em que até a ditadura tem sido louvada pelo governo. 18/10/020. Sérgio Guerra Licenciado, Mestre e Doutor em História Professor Adjunto da UNEB,.DCH1 Salvador. Conselheiro Estadual de Educação - BA. Colunista Político Semanal do Portal Mais Bahia. Presidente do Instituto Ze Olivio IZO Cronista do site "Memorias do Bar Quintal do Raso da Catarina".
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Última atualização em Ter, 03 de Novembro de 2020 06:00 |
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