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Corno celebridade por GalindoLuma (*)
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Sex, 07 de Novembro de 2014 01:31

Geraldo_GalindoQuando a conheci estava na festa de Yemanjá com minha namorada, que me abraçava olhando pro mar e eu olhando pra aquela criatura, a dois metros de mim, que fixava os olhos no meu.

Pensei até ser engano, mas era pra mim mesmo. Enquanto recebia  beijos e abraços da gata que me fez  feliz  antes e depois de voltar da festa, ficava intrigado em entender  como uma mulher poderia paquerar um homem estando ele acompanhado,  bem próximo a ela. Imaginei que não mais fosse vê-la até que chegou o carnaval. Estava eu num camarote na Oceânica quando passava o bloco Camaleão, um daqueles  que arrasta multidões e às vezes espreme as pessoas que estão em sentido contrário ou à espera para ver a passagem. 

De lá de dentro vi duas mulheres com o abadá do bloco Timbalada encostadas na parede da entrada,  muito assustadas com a “euforia” do povo “dançando” a música “Chicleteiro eu, chicleteira ela” puxada por pela banda Chiclete com Banana. Quando percebi que as meninas entraram em desespero dei a ordem ao porteiro para permitir a entrada delas, que seguiriam após  o “tsunami” concluir os trabalhos naquela parte da avenida.

Assim que ambas entram, uma delas me  agradece e  fala: –  É muita coincidência, eu o conheci na festa do Rio Vermelho, lembra? Eu, que já tinha tomado todas, acabei me lembrando daquela mulher que me mandava beijinhos enquanto eu beijava minha amada. Afinal, uma cena dessas é rara na vida de qualquer homem que gosta de farra e de  mulheres. E a conversa continuou embalada com uísque e Red Bull: – Você está em todas, gosta de festas, né? – Sim, gosto, e você também, pelo que vi. Era uma morena de encantar, estava produzida a caráter de timbaleira, esbanjava alegria de carnaval. 

Antes de partir ela perguntou: – E sua namorada? – Ela está na boate do camarote. E ela teve que seguir, pois os tambores  da Timbalada ecoavam pelos céus da Bahia. Antes, é claro, ela anotou meu telefone. Vou abrir uma janela aqui  pra dizer o seguinte: quem gosta de abordar mulher e homem no  carnaval tem formas  diversas. A que uso com maior frequência e recomendo a você, leitora, é abrir muitos contatos nos sete dias e fazer as tratativas que interessam depois da festa, quando se terá meses pela frente para consumar aquele desejo que às vezes é muito difícil  de ser realizado no período, inclusive porque quase sempre o maridão ou a esposa está por perto. Portanto, aquele que sai do reinado de Momo com pelo menos 10 contatos tem um farto cardápio para o ano inteiro, até chegar a festa do ano seguinte para renovar o estoque. Ocorre que a vida não é tão simples assim e nessa  dura empreitada na busca por orgasmos de qualidade,  vez por outra nos deparamos com  sobressaltos.

Quando estava no Porto da Barra na quarta de cinzas,  curtindo minha ressaca,  tomando cerveja e comendo peixe,  recebo o primeiro telefonema da morena timbaleira. – E aí, estás onde? – Na praia, querida? Qual? – Porto. – Eu estou na praia do Farol, bem próximo a você. – Então venha pra cá. Com vinte minutos ela chegou. Ela desceu as escadarias bem lentamente, olhando de um lado pro outro tentando me localizar. Já nessa descida, eu e todos que acompanharam aquele caminhar, descobrimos tratar-se de uma mulher de dotes valiosos. Flaviana era muito bonita,  corpo das timbaleiras dos ensaios da timbalada, o sorriso das mesmas timbaleiras referidas. Disse ter 30 anos e trabalhar na produção de eventos. Naquela mesma tarde,  assim como acontece com quase todos os casais que sobem as escadas que dão acesso à praia -  excetuando os casados - ,  o sexo rolou à vontade, num apartamento onde  morava no Bairro da Graça, em Salvador. A gente nunca tem certeza se essas expectativas  vão se materializar e quando rolam,  é uma sensação maravilhosa de prazer. Ainda naquela tarde que engoliu parte da noite ela me pediu pra contar um segredo. Disse que era casada com uma  pessoa famosa e que não diria o nome para preservá-lo. Disse ainda ser mãe de  filhas gêmeas de dois anos. Eu, que não sou curioso nem nada,  nunca me interessei por conhecer ou saber o nome dos maridos das mulheres cansadas da rotina do casamento.

Fiquei sabendo depois que a celebridade viajava muito, que eles moravam numa bela casa no bairro do Rio Vermelho, onde fui buscá-la e levá-la algumas vezes. E  terminei conhecendo as duas lindinhas maravilhosas.  Pouco tempo depois, festeira que era,  ela me convidou para acompanha-la na Micareta de Feira de Santana, onde passamos três dias juntos. Foi depois dessa viagem que os problemas começaram. Estava eu em casa à noite quando o telefone fixo toca e eu atendo: – Alô! Rapaz,  você está comendo minha esposa. E desligou. Eu tinha quase certeza de que era o cara famoso, pois as outras mulheres com as quais me relacionava, além de minha namorada, ou eram solteiras ou tinham namorados, nunca marido. E eu nunca ligava pra ela – que tinha todos os meus números –, pois combinamos que  somente ela  ligaria para efeito de segurança. Fiquei um pouco preocupado, mas nada pra ficar estressado.

No outro dia quando chego ao trabalho minha secretária interfona e me avisa que uma pessoa sem se identificar quer falar comigo. Eu autorizei. – Rapaz, você está comendo minha esposa. E desligou. “ puta que pariu, esse corno vai infernizar minha vida”, pensei.  Neste momento me lembrei  que  três dias antes dormira eu  com  uma amiga de sexo num apartamento  no Costa Azul. Ela recebeu um telefonema pela manhã informando que o irmão recebera um tiro  pelas costas e fora internado em estado grave. Aos prantos, ligou pro marido, médico ginecologista que participava de um colóquio em São Paulo. Ele disse  suspeitar de ter sido vingança por adultério, pois sabia que o cunhado tava comendo esposa de um coronel da PM.  Aí, minha preocupação foi lá pra cima.  “E se eu recebesse um tiro também?”. Mesmo preocupado, arranjei um jeito de ajudar. Me lembrei que trabalhava na emergência de uma clínica privada  um médico amigo para quem eu fazia um grande favor. O jovem  transava com a esposa de meu chefe  no meu apartamento, na hora do almoço,  duas vezes na semana. Ele terminou facilitando as coisas pro fudião de mulheres alheias. Graças a essa providencial  ajuda e  às  demoradas orações da família, o rapaz  sobreviveu e se encontra  atualmente numa cadeira de rodas, tetraplégico, mas passa bem. Com a força do senhor ele  ainda  consegue piscar o olho esquerdo e se alimentar com tubos. 

Deus é grande! Que esse exemplo sirva aos descrentes, aqueles que não acreditam na força da fé.  Aleluia, irmão!

Aqui,  vou fazer um novo intervalo pra dizer o seguinte, amigo: quando você se relacionar com mulheres casadas, não faça muitas perguntas, seja discreto, mas é fundamental saber se o marido é policial, apenas isso. Se for, vá procurar outras mulheres disponíveis no mercado, pois o risco é grande. É preferível abrir mão  orgasmos clandestinos do que correr risco de morrer. E aproveito o instante para dar um conselho às  mulheres de bem: não recomendo namorar ou casar com esses homens treinados para serem violentos, embora haja exceções. Mas se decidir, saiba que tavez  seja obrigada a manter a relação pro resto da vida, pois se você pensar em largá-lo,  estejas consciente das consequências nefastas que  terás de  arcar. Uma pesquisa na internet vai mostrar a enorme quantidade mulheres assassinadas por policiais que não aceitaram a separação proposta por elas.

Naquele mesmo  dia recebo ligação de minha mãe, apreensiva: – Um homem ligou aqui pra casa dizendo que meu filho está comendo a esposa dele e desligou o telefone. – É você meu filho? Quem é esse corno? – É engano, minha mãe, fique tranquila. – Mas você tá comendo alguma mulher casada? Me diga. Eu  já lhe disse pra não dar o número de minha casa pra mulheres casadas que você come? As solteiras, tudo bem, filho, mas as casadas, nunca, é perigoso. E se esse cara ligar pra cá de novo vou contar tudo pra sua namorada. Aí eu fiquei mais assustado ainda, o cara ligar pra minha mãe e ela me ameaçar de contar tudo pra mulher que tanto amava, era o fim dos tempos. Não podemos perder a mulher  que a gente gosta – e nem as mulheres perderem seus homens -  por conta de efêmeras aventuras.

E nada de Flaviana manter contato. No dia seguinte recebo ligação no celular sem identificação de chamada e o cara fala: –  Oi, garanhão, você esteve na micareta de Feira com a mãe de minhas filhas, não foi? E desligou. E a cada ligação ele dizia o dia e o local onde me encontrei com a maravilhosa esposa que deus deu a ele. E não me permitia responder e eu nem mesmo sabia se deveria comentar algo naquela desagradável circunstância. E pensava: “será se ele nos seguiu ou contratou alguém para tal esse tempo todo ou ela própria relatou tudo a ele?” Neste momento já estava atormentado em saber o que iria acontecer, qual o propósito dele, o que mesmo ele estava querendo com aquelas ligações. A única informação que tinha  é  que era gente famosa na cidade e mais nada.

Num belo final de tarde no Porto da Barra, já escurecendo, meu celular toca e quando pensava que era ele, era ela. – Estou indo pra aí agora, me aguarde. – O que aconteceu, nega? – Galo, eu cometi um grave erro. Eu anoto tudo que faço num diário que deixava escondido num lugar que jamais imaginei que ele encontraria. E ele descobriu tudo. E agora tá ligando pra você e me obriga a ouvir, como vingança. Ele me prendeu em casa, colocou seguranças, não mais me deixou sair nem telefonar e somente agora escapuli. Me perdoe, por ter feito você passar por essa situação. E fique tranquilo que nada acontecerá com você, pois já aconteceu antes e ele só faz ameaçar. Depois de conversarmos e bebermos bastante, ela quis tomar um banho , já com a lua iluminando a mais bela praia da Bahia. E naquela água morna, cristalina, a praia quase deserta, explodimos de prazer no movimento das calmas ondas da baía de Todos os Santos.

Algum tempo depois recebi o convite de uma  companheira  de balada e de cama para uma  festa de aniversário de um renomado empresário da cidade, amigo dela, numa mansão do Caminho das Árvores. Lá pelas tantas, cheia de entusiasmo, ela, que era casada com um renomado  juiz da vara de família,  me apresenta a uma conhecida personalidade do ramo artístico: – Esse aqui é GalindoLuma, grande amigo meu. E ele respondeu: – Já ouvi falar de você. – Como? - Você não é frequentador do Porto da Barra e micareteiro em Feira de Santana? – Sim. - Prazer em conhecê-lo e passe bem.

. (*) GalindoLuma é vendedor de pomadinha japonesa no Largo Dois de Julho.

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