É impossível e inútil tentar mensurar sofrimentos, mas a tragédia quando atinge nossos afetos torna-se ainda mais insuportável. A dor lambe o paroxismo, a sensação estranha de tristeza e impotência provoca aflições inconsequentes.

Ô profissão ingrata da porra, ser jornalista em Salvador. Os mortos de qualquer lugar do mundo valem mais que os nossos, aqui na cara da gente. Um barco afunda com mais de 130 pessoas, entre passageiros e tripulantes, 24 morrem (até enquanto escrevo este é o número oficial, mas não se sabe, claro, quantos corpos ainda irão ser resgatados mortos) e as emissoras de TV de Salvador, com raras

A esquerda brasileira tem uma propensão forte ao suicídio, não sem antes buscar a autoimolação. Quem não ouviu falar de 1935? A fracassada e bisonha tentativa de golpear o governo de Getúlio Vargas - governo que carecia de legitimidade, é verdade, mas que possuía forte apoio popular - a partir de uma clássica "quartelada".

Um editor paulistano me disse, no ano passado, que os autores de livros dos nossos dias não serão lembrados no próximo século apenas por suas obras em papel, mas principalmente pelos textos que publicam na internet (blogs e rede social).

Considero-me uma pessoa de esquerda porque entendo que, em uma sociedade como a brasileira, os investimentos públicos são importantes para a busca da autonomia das pessoas, da justiça social, da redução da pobreza e para a preservação de uma economia saudável onde não haja aniquilação injusta da concorrência.

George Marconi, 23 anos, meu segundo filho, desembarcou terça-feira na capital paulista para expor sua primeira invenção num importante evento de engenharia mecânica. Dois dias depois, minha esposa e meu filho caçula Pedro Marconi foram curtir o Rio, e ainda não retornaram da cidade maravilhosa.

A prisão do ex-deputado Cândido Vaccarezza, que foi líder do PT nos governos Dilma e Lula, nada tem que ver com justiça. Não que o ex-deputado não possa e não deva ser investigado se suspeitas sobre sua conduta existem. Não se trata disso.

Hoje pude ler esse fragmento graças ao amigo Adriano Oliveira. Trata-se de um post sobre os embates de Charlottesville de um jornalista que, só aqui no face, tem mais de 300 mil seguidores.

A verdade, esta menina traquina que não salva nem liberta, é uma só: o debate sobre o nazismo tá grudado nesta (mal) dita rede social mais do que perna de passarinho otário em visgo de jaca.