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Autonomia corporal e literatura negra são destaques em mesas protagonizadas por mulheres no festival
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Sex, 15 de Novembro de 2019 10:19

flin_Mel_Duarte-FotoEliCorreia_2Ter a palavra como expressão maior da diversidade é o que aproxima as elaborações e as ações de mulheres como Mel Duarte, Ryane Leão, Lívia Natália, Amara Moira e tantas outras presentes nesta quinta-feira (14), no Festival Literário Nacional. O Ginásio Poliesportivo foi espaço de encontros de amor e resistência em diferentes diálogos com mulheres jovens que têm rasurado discursos comuns, a partir dos seus interesses profissionais e dos seus talentos e expressões.

 

Com mais de 50% de mulheres na programação, o penúltimo dia do Flin se estendeu pela tarde e noite com temas em torno da representatividade das mulheres em diferentes eixos de debate. Pela manhã, o Espaço Futura recebeu Lívia Suarez e Bell Rocha para um diálogo sobre empreendedorismo social, tendo seus projetos, influentes nas redes sociais, como referências no debate sobre autonomia das mulheres. Lívia com a empresa La Frida Bike, conhecida por seu projeto de emancipação a partir do uso da bicicleta como principal meio de transporte e Bell Rocha, com sua marca de biquíni plus size.

 

Mediado por Ítala Herta, também empreendedora social na aceleradora Vale do Dendê, a conversa apresentou um pouco das ideias das convidadas quando criaram suas marcas e como através da inovação, elas tiveram alcance nacional. “O desafio da mesa é trazer o poder da palavra das mulheres e deixar evidente para esses jovens que vão assisti-las hoje como elas representam outras vozes e como essa voz pode se transformar em ação. De certa forma, tem uma atuação aí que parte de uma voz que pulsa esse lugar feminino de liderança”, disse.

 

A jovem de 17 anos, Aline Menezes, se sentiu, a partir da fala de Lívia, mobilizada a voltar a usar sua bicicleta parada há anos em casa. Contou que pedalar era uma das suas brincadeiras favoritas na infância e que nunca pensou que a bicicleta poderia ser um equipamento de uso diário na sua mobilidade.

 

“O Festival de modo geral está sendo muito rico para mim e para toda a comunidade, acredito, por esse poder de influenciar novos olhares sobre o mundo. Essa mesa me fez repensar a forma como eu usava minha bicicleta quando morava na cidade baixa e pedalava com minha família, mas também sobre corpo, padrão de beleza. Tá sendo muito importante”.

 

Durante a manhã, a mesa “Intervenções Femininas: o meu lugar nas periferias do mundo” apontou experiências comuns entre territórios e sujeitos fora das zonas centrais das cidades. Uma das convidadas, a escritora Paloma Franca Amorim, de Belém do Pará, fala do seu contexto, pensando periferias como forças de resistência política, estética e literária com grande poder de criação.

 

A tarde Mel Duarte, Lívia Natália e Ryane Leão dividiram opiniões sobre literatura produzida por mulheres negras e outros corpos dissidentes, o poder da palavra e da representação na cultura do silenciamento e como escritoras negras jovens têm interrompido esse padrão social e contribuído para a valorização da diversidade. A escritora Amara Moira, presente na última mesa do dia, lembrou também do pajubá como língua de resistência e memória social LGBT e comentou que quanto mais pessoas LGBTs e trans vão garantindo seu espaço na sociedade, mais elas vão convidando a sociedade a se repensar e esse efeito se estende à literatura. “Eu gosto muito de pensar isso a partir da literatura, ou seja: as travestis brasileiras há décadas vêm construindo uma linguagem própria, uma forma de se comunicar, sem que o restante da sociedade saiba, como se fosse uma espécie de língua secreta, de proteção, de segurança. Mas quanto mais a gente vai se infiltrando na sociedade, mais essa língua vai tomando outros lugares. Muitas artistas, muitas autoras estão escrevendo uma literatura a partir desse código”.

 

A noite foi encerrada pela presença e performance artística da cantora Larissa Luz, na Tenda Cultural, cantando canções dos discos Território Conquistado, Trovão e do especial Elza, com músicas da cantora e compositora brasileira Elza Soares.

 

MAIS INFORMAÇÕES:

www.flin.ba.gov.br
www.instagram.com/flinoficial

Serviço
I Festival Literário Nacional – FLIN
Quando: 12 a 15 de novembro (terça-feira até sexta-feira)
Horário: a partir das 8h30min
Onde: Ginásio Poliesportivo de Cajazeira
Endereço: Estr. do Coqueiro Grande, 127 - Fazenda Grande 2, Salvador - BA, 41340-050

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Última atualização em Sáb, 16 de Novembro de 2019 03:24
 

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