‘Prefeito diz que greve de professores é política para esconder autoritarismo e descaso de sua gestão’, afirma Marta |
Sex, 13 de Julho de 2018 03:27 | |||
A líder da oposição na Câmara, vereadora Marta Rodrigues (PT), saiu em defesa dos professores da rede municipal de ensino, nesta quinta-feira (12), e disse que o prefeito ACM Neto (DEM) tenta distorcer a motivação da greve para esconder da população o autoritarismo de sua gestão, como o próprio demonstra ao ameaçar cortar ponto dos docentes.
“O prefeito fala que a greve é político partidária, mas não informa à imprensa o porquê dele deixar as escolas em estado precário, não cumprir o Plano de Carreira, não realizar concursos para suprir o quadro de efetivos, e deixar os professores com reajuste zero há anos, dentre muitas outras situações deploráveis da rede de ensino”, pontuou.
Segundo Marta, a tentativa de politizar greves é um método obscurantista muito comum aos governos neoliberais como o do prefeito, grande aliado de Temer na retirada de direitos dos trabalhadores. “Neto e seus aliados não são oriundos dos movimentos sociais e de luta. Essa tentativa de politizar a greve é típica de quem nunca foi trabalhador e não sabe o que é lutar por mais direitos. Eles não sabem o que é isso porque já nasceram com privilégios e benefícios obtidos em detrimento da população”, disparou.
Professora de formação, a líder da oposição destacou, ainda, que a situação pela qual passa as escolas municipais é deplorável, cujas aulas aconteciam graças ao esforço dos professores que chegavam a tirar do próprio bolso o dinheiro para materiais para os alunos.
“Conheço professoras que estavam tirando dinheiro para comprar lápis, caneta, papel. Às vezes até merenda. As escolas municipais estão tão sucateadas que o Governo do Estado assumiu quase 100 mil alunos do Ensino Fundamental, de responsabilidade da prefeitura, para não deixa-los fora das salas”, disse.
Retirada de direitos – Ainda conforme a vereadora Marta Rodrigues a realidade dos professores é caótica desde o início da primeira gestão de Neto. No entanto, não são os únicos que tem sofrido com a retirada de direitos. “OS servidores de saúde também. Eles tiveram a progressão de carreira retirado pelo prefeito por meio de projeto de lei complementar enviado por ele à Câmara. Os agentes de saúde e endemia continuam ganhando abaixo do piso. È descaso atrás de descaso”, concluiu.
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