O Prof. Dr. Babalawô Ivanir dos Santos recebeu nessa quarta-feira (17) o prêmio International Religious Freedom (IRF). |
Qui, 18 de Julho de 2019 15:43 | |||
Único representante de todo o hemisfério ocidental, o Doutorando em História da UFRJ Ivanir dos Santos foi reverenciado pelo Departamento de Estado do Governo dos Estados Unidos pela importância na luta contra a intolerância a praticantes de religiões de matriz africana no Brasil.
Ele foi homenageado ao lado de outros cinco líderes – Mohamed Yosaif Abdalrahan, do Sudão; Iman Abubakar Abdullahi, da Nigéria; Pascale e William Warda, do Iraque; e Salpy Eskidjian Weiderud, do Chipre – pela contribuição às discussões relativas à liberdade religiosa. A cerimônia contou com a ilustre presença do secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo. O Embaixador Geral para Liberdade Religiosa Sam Brownback, fez apresentação de cada premiado, e para o Babalawô Ivanir, além das congratulações no seu trabalho de suporte nos insistentes diálogos entre as religiões e combate a discriminação. Mas acima de tudo a criação de um mecanismo que proteja os grupos vulneráveis no Brasil. Ressaltou ainda importância da ações, que vem desenvolvendo à frente da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR) – atuando como interlocutor, bem como na realização da Caminha em Defesa da Liberdade Religiosa, onde se prepara para realizar a 12ª edição, em 15 de setembro, que tem com meta, levar mais de 100 mil pessoas à Copacabana, juntas em prol do diálogo inter-religioso e da tolerância religiosa no país.
"O prêmio é de todos e todas que ao longos desses anos vem lutando e contribuindo para um país mais justo e igualitário. Eu estou imensamente honrado e muito fortalecido com o reconhecimento das nossas ações. Acredito que teremos mais possibilidade para a internacionalização das nossas causas e pautas. Meu papel aqui em Washington é chamar a atenção das autoridades internacionais paras os casos de intolerância religiosa que vem crescendo a cada vez mais no Brasil. Meu papel aqui é também atuar de forma incisiva para que nossas ações não sejam silenciadas. Meu papel aqui é levar todas as nossas lutas cotidianas para o centro dos cenários políticos e econômico, é mostrar que nossas vozes jamais serão silenciadas diante das atrocidades que vem acontecendo contra os adeptos das religiões de matriz africanas no nosso país. Hoje, dia em que o nosso saudoso Nelson Mandela completaria 101 anos de vida, me sinto mais do que fortalecido. Nossas bandeiras permaneceram erguidas em prol da tolerância, da equidade, da diversidade, da pluralidade e dos direitos humanos.
Em sua 1ª edição, os jurados fizeram uma criteriosa avaliação com lideranças em todos os continentes. A principal missão do referido departamento é "monitorar as perseguições religiosas e a discriminação em todo o mundo, com o intuito de implementar políticas nas respectivas regiões ou países e desenvolver programas para promover a liberdade religiosa", além de destacar ativistas que lutam incansavelmente pela causa.
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