Estudos indicam que a alimentação do nordestino é baixa em vitaminas, minerais e fibras |
Sex, 02 de Agosto de 2019 08:55 | |||
Embora tenha conseguido escapar dos históricos índices de desnutrição, a população do Nordeste hoje apresenta uma alimentação caracterizada pelo alto consumo de sódio, gordura saturada e açúcar refinado e deficiente em vitaminas, minerais e fibras, o que pode levar ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares, diabetes, obesidade, entre outras. A informação é de um mapeamento realizado pela QUAKER®, através da ToBeHealth (TBH), que se debruçou sobre uma série de pesquisas científicas disponíveis na literatura sobre a saúde do povo nordestino. De acordo com a análise, de um modo geral, os alimentos predominantes nas mesas desta região são arroz, café, feijão, sucos, pão de sal e carne bovina. Para a nutricionista Amanda Ornelas, não significa exatamente que essas comidas são as culpadas pelas doenças. “Não existem alimentos errados, existe a falta de equilíbrio no consumo de diversos tipos de alimentos. Esses itens descritos como populares na mesa dos nordestinos vieram de pesquisas populacionais e não quer dizer que estão associados ao aumento de doenças”, adianta. No entanto, é preciso atentar-se para um conjunto de doenças comumente chamadas de DCNT (isto é, Doenças Crônicas Não Transmissíveis), cujo desenvolvimento também pode estar relacionado a fatores alimentares, que são responsáveis pela morte de 51,6% da população brasileira entre 30 e 69 anos. As DCNT mais comuns são as cardiovasculares e diabetes, sendo o primeiro tipo a mais presente no Nordeste. Um dos fatores de risco das DCNT cardiovasculares é a hipercolesterolemia - ou colesterol alto, que foi identificada em 24% dos homens adultos e 30% das mulheres adultas, segundo dados de estudos analisados. Entre esses mesmos indivíduos também foi constatado elevado índice de LDL (o chamado colesterol ruim), sendo que nos homens esse valor é de 26% e nas mulheres chega a 33%. Bahia Na capital baiana, 26,8% da população adulta sofre de dislipidemias, isto é, uma taxa anormalmente elevada de colesterol ou gorduras na corrente sanguínea, que podem ser indicadores de doenças cardiovasculares. Não bastasse isso, 41% das crianças soteropolitanas menores de 10 anos apresentam sobrepeso ou obesidade e quase 70% da população adulta se encontrava na mesma situação, conforme dados de 2018 do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan). ligadas a fatores alimentares.”, complementa Amanda Ornelas.
Dessa maneira, estratégias simples, como ter uma alimentação equilibrada no dia a dia e praticar atividade física são necessárias para a melhora da qualidade de vida dos indivíduos. Como vimos, as doenças cardiovasculares estão entre as predominantes na região. Alguns fatores de risco, como o colesterol elevado, podem ser controlados dando maior atenção a alimentação e incluindo diariamente alimentos que contenham vitaminas, minerais e fibras.
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