Por conta do Dia Nacional da Vacinação, celebrado em 17 de outubro, o urologista habilitado em Cirurgia Robótica, Dr. Frederico Mascarenhas, explica sobre a importância da prevenção ao HPV. "A imunização ajuda a prevenir o aparecimento do câncer do colo de útero, quarta maior causa de morte de mulheres por câncer no país", explica. O papilomavírus humano (HPV) é o principal causador de doenças virais sexualmente transmissíveis. Existem vários subtipos de HPV. Quatro, no entanto, são os mais comuns e perigosos. "Dois deles, os subtipos 16 e 18 correspondem a aproximadamente 70% dos casos de câncer de colo de útero. O 6 e o 11 estão associados a mais de 90% das ocorrências de verrugas genitais", explica o urologista. A vacina atualmente disponível previne contra infecção pelos tipos 6, 11, 16 e 18, oferecendo proteção de aproximadamente 100%. "Ela é a medida mais eficaz para prevenção contra a infeção. Mulheres que tomaram a vacina antes de se contaminarem pelo HPV têm redução de até 70% na probabilidade de desenvolverem o câncer do colo do útero", afirma o especialista. Ele ainda esclarece para quem a vacina é indicada. "Meninas, meninos, pessoas que vivem com HIV; e pessoas transplantadas, todos esses grupos na faixa etária de 9 a 26 anos". O médico enfatiza que a vacina não é um tratamento, não sendo eficaz contra infecções ou lesões por HPV já existentes. "O diagnóstico do HPV é realizado através de exames clínicos e laboratoriais, dependendo do tipo de lesão, se clínica ou subclínica", diz. O tratamento, defende, deve ser individualizado, considerando as características das lesões, disponibilidade de recursos e efeitos adversos. "As alterações celulares causadas pela infecção por HPV podem ser tratadas, como por exemplo, as verrugas genitais. Alterações celulares pré-cancerosas causadas pelo HPV podem ser encontradas por meio da realização de exames como de Papanicolau. Além disso, o câncer de colo do útero, de ânus e genital podem receber tratamento", conclui.
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