Itapuã realiza manifestação contra Estação de Esgoto nas margens da Lagoa do Abaeté |
Qui, 06 de Agosto de 2020 18:01 | |||
A comunidade de Itapuã realiza, na manhã desta sexta-feira (7), uma manifestação em frente à Casa da Música, contra a construção de uma Estação Elevatória de Esgoto (EEE) às margens da Lagoa do Abaeté e deseja dialogar sobre alternativas adequadas do tratamento de esgoto do Parque Metropolitano do Abaeté. A construção da EEE foi iniciada em maio, em plena pandemia, e vem sendo marcada por inúmeras polêmicas como a falta de placas informativas no local da obra - no início da obra, falta de diálogo com a comunidade do bairro e, principalmente, risco de poluição que o equipamento pode oferecer, se concluído, ao meio ambiente. Com o aumento do nível das águas da Lagoa do Abaeté, ocorrido recentemente, verificou-se que o local determinado para a obra ficaria submerso, dentro da lagoa. Por isso no início de junho a obra foi transferida para cerca de dez metros adiante, mas foi paralisada judicialmente devido a uma série de irregularidades envolvendo a SJ Engenharia, empresa contratada para a construção da EEE. Desde segunda-feira (2), a comunidade foi surpreendida com a retomada da devastação de retroescavadeira às margens do Abaeté, o acúmulo de lixo oriundo da obra às margens da lagoa e fuga de animais silvestres do seu habitat, aspectos que desrespeitam a Lei 11.445/2007, da Política Nacional de Saneamento, que considera as peculiaridades locais e regionais De acordo com técnicos, a EEE é um meio obsoleto e caro para lidar com o esgoto, como afirma o professor Miguel Accioly, da UFBA, que emitiu parecer desfavorável à obra no local e da forma como está sendo feita. “Muitas das estações elevatórias de esgoto atualmente em atividade na Bahia apresentam um histórico de vazamentos, o que torna inaceitável o risco de transbordamento de esgoto nas águas da Lagoa do Abaeté”, contesta. Alternativas: Ligação direta com a rede de esgoto, elevação dos banheiros ou a construção de estação ecológica (wetland) são opções que podem custar quatro vezes menos, não agridem o meio ambiente, sem o impacto visual da EEE com seus 240 metros quadrados cercada por um muro superior a dois metros, além de não exalar mal cheiro dos dejetos sólidos e líquidos. A Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia, empresa pública da Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia e a Empresa Baiana de Águas e Saneamento, responsáveis pela obra, haviam se comprometido a atender a solicitação de realizar uma audiência pública antes do início da obra. Contudo a população foi tomada de surpresa pelo início da obra em plena pandemia, em local que faz parte da Área de Proteção Ambiental (APA) Lagoas do Abaeté e é uma Zona de Proteção Visual. Acreditamos firmemente que, com boa vontade e empenho, alguma ação que cause menos impacto ao meio ambiente e à população possa ser encontrada. Contatos: Fabíola Campos (Abaeté Viva): (71) 9 9649-9442 Assine e compartilhe: http://chng.it/BrsKhfMj Instagram: https://www.instagram.com/abaeteviva/ Facebook: https://www.facebook.com/abaeteviva
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