O Teatro Castro Alves manifesta profundo pesar pela morte da artista Nadja Turenko, uma das importantes referências do teatro na Bahia, como intérprete, diretora, professora e roteirista. Ao longo de sua carreira, atuou em mais de 30 espetáculos, longas e curtas metragens, seriados e publicidade em TV. Também ministrou workshops em diversas cidades brasileiras pelos projetos Sesi Viagem Teatral e Sesc Palco Giratório. A atriz morreu na madrugada desta segunda-feira (19), em São Paulo, onde há mais de um ano fazia tratamento contra o câncer.

Radicada por muitos anos na Bahia, Nadja Santana Turenko nasceu em Belém, Pará. Era formada em Mímica Corporal pela Ecole de Mime Corporel Dramatique, de Paris, e membro permanente da companhia franco-inglesa Theatre de L’Ange Fou, com a qual fez turnês pela Europa e Estados Unidos. Foi professora da Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia. Nadja Turenko idealizou o espetáculo “O Banquete de Alice” (1995, direção Elisa Mendes), primeiro espetáculo brasileiro com a utilização da Mímica Corporal Dramática. Ganhou o prêmio Braskem de Revelação do Ano como diretora da peça “Clarices”.

Também participou de diversos Festivais no Brasil, entre outros a Mostra Oficial do Festival de Curitiba (2009) com "Três Mulheres e Aparecida" – destaque da crítica, Mostra Paralela - FRINGE com "Clarices" e "Todas as Horas do Fim"; Festival de Inverno de Campina Grande com "O Banquete de Alice" e "Abismo de Rosas"; Porto Alegre em Cena com "Francisco"; Festival de Inverno de Guaramiranga (CE)  com "Clarices" (onde ganhou Melhor Espetáculo e Melhor Direção); Mostra "Cena Baiana" em Brasília com "Clarices", "Todas as Horas do Fim" e "Francisco".

“Nadja era uma pessoa extremamente culta e elegante. Todo processo de trabalho com ela era um processo de enriquecimento”, afirma Moacyr Gramacho, diretor do TCA.

Moacyr Gramacho e equipe TCA

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