Walter Lima Jr. participa do Cineclube Walter da Silveira |
Ter, 31 de Janeiro de 2017 12:15 |
Como parte da investigação transversal em torno das origens e ambiência da Tropicália na Bahia, o Cineclube Walter da Silveira organiza em fevereiro mais uma exibição especial, com acesso gratuito para o público. No sábado 4.02, às 17h, o projeto de difusão e formação de público da Diretoria de Audiovisual, da Fundação Cultural da Bahia, abre a temporada 2017 com uma preciosidade da cinematografia brasileira: o premiado Brasil Ano 2000, de Walter Lima Jr. Rodado em 1967, o filme conquistou Urso de Prata do Festival de Berlim e Concha de Ouro no Festival de Cartagena. A produção, que conta com Anecy Rocha, irmã de Glauber Rocha, no papel central, será apresentada e debatida, após a sessão, pelo próprio realizador, que vem a Salvador especialmente para o evento. O acesso do público é gratuito. Para participar do tradicional bate-papo com o público, também está confirmada a presença do músico, pesquisador e cineasta Jorge Alfredo. Responsável por documentários sobre grandes personalidades da música e do cinema brasileiro, como Riachão, Tom Zé e Guido Araújo, Alfredo também partilhou da convivência artística com Glauber Rocha, executando trilha sonora ao vivo nos sets de filmagem de A Idade da Terra; assim como experimentou do caldo tropicalista que se estendeu pelas décadas de 70 e 80. Afonso Stuart e Arduíno Colasanti também integram o elenco principal do filme, que foca o Brasil parcialmente devastado pela Terceira Guerra Mundial. Uma família de imigrantes chega a uma pequena cidade, à qual dão o nome de “Me Esqueci”. O trio é recrutado por um indigenista para fingir-se de índios durante a visita de um general. No dilema entre integrar-se ao sistema ou preservar a liberdade individual, a família caminha para a desagregação enquanto a cidade se prepara para o lançamento de um foguete espacial. Pioneiro do Cinema Novo – Cineclubista, Walter Lima Jr. começou escrevendo críticas para jornais diários. Em 1963, conheceu Glauber Rocha, que o convidou para fazer assistência de direção em Deus e o Diabo na Terra do Sol. Seu primeiro longa-metragem foi Menino de engenho (1965), uma adaptação do romance de José Lins do Rego. Fez em seguida Brasil ano 2000; e Na boca da noite (1970). Entre 1973 e 1978, dirigiu documentários para a televisão, como Os índios Kanela (1974). Em 1977, concluiu o longa-metragem A lira do delírio', prêmio de melhor filme no Festival de Brasília. Fez em seguida dois trabalhos originalmente destinados à televisão que tiveram versões para cinema: Joana Angélica (1979) e Chico Rei, série de oito episódios para a televisão alemã, com versão reduzida para o cinema finalizada em 1985. Em 1983 fez Inocência, prêmio de direção em Brasília e prêmio Coral no Festival de Havana; em seguida, Ele, o Boto (1986). Nos anos 1990 dirigiu, sob encomenda de um produtor americano, O monge e a filha do carrasco (1995) e pouco depois fez A Ostra e o Vento (1997), baseado no livro de Moacir C. Lopes, selecionado para a competição do Festival de Veneza. Tem ministrado cursos de direção de atores e assistência de direção para cinema no Rio de Janeiro. Atualmente é professor no curso de Direção Cinematográfica da Escola de Cinema Darcy Ribeiro, e na Pontifícia Católica Universidade (PUC-Rio), no Rio de Janeiro. Serviço: Cineclube Walter da Silveira Quando: 4.02 Onde: Sala Walter da Silveira Ingresso: Gratuito Bate-papo após a sessão com a presença de Walter Lima Jr. e do documentarista e músico Jorge Alfredo |
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