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Albenísio Fonseca lança livro e põe o jornalismo cultural na pauta
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Ter, 31 de Janeiro de 2017 17:59

jornalismo_cultural_na_pauta“Um livro para resgatar todo um decurso histórico e proporcionar reflexões sobre cenas de épocas, que envolvem quase quatro décadas, em narrativas que permanecem contemporaneamente atuais”. É o que o jornalista Albenísio Fonseca oferece com o lançamento de “Jornalismo Cultural em Transe”, 152 páginas, Editora Boa Ideia, no próximo dia 10 de fevereiro, das 17h às 20h, no MAB-Museu de Arte da Bahia. 

Albenisio ressalta todo um “vínculo afetivo e crítico com as mil e uma faces da cultura em Salvador”, que importam sobretudo para a história colonial e recente da cidade ainda que as abordagens tenham amplitude global, em artigos, reportagens, textos e entrevistas. A capa já projeta o “lugar do olhar inicial da primeira capital do País com a captura de um pôr do sol em ângulo exclusivo que se duplica nos janelões do Elevador Lacerda e se lança do sítio inaugural sobre a Baía de Todos-os-Santos”. O autor entende que “todo jornalismo é cultural”, como assinala, em tom de debate, na introdução do livro. publicação é o terceiro título lançado, em um ano, pela Editora Boa Ideia, também fundada por ele.

Com seu texto, sempre surpreendente, o jornalista nos faz ver o “Amanhecer em Salvador”, nos leva a transitar pela “Reinvenção da noite” da cidade, a conhecer a “face subversiva da capoeira”, as temporadas de Verão como um ritual ao Sol. Nos leva a “atravessar vitrines”, em linda homenagem às mulheres; debate a importância da Baía de Todos-os-Santos apresentando propostas. Nos revela um “universo paralelo no Pelô”; reflete sobre a questão do desejo a partir dos pequenos espelhos ovais, critica o abandono da agricultura e do patrimônio histórico no Recôncavo, além de inúmeras outras incursões sobre movimentos como a rebelião dos escravos malês, em 1835 e a Sabinada, em 1837, além de se debruçar sobre fenômenos como os "rolezinhos", o Código Civil da Internet e as novas formas de comunicação por vídeo, entre outros questões.

Conforme o jornalista, o livro reúne textos publicados em diversos veículos da mídia impressa baiana, desde a década de 1980 até 2016, mas sem seguir um caráter cronológico. “Há reportagens e entrevistas que ganharam capas de cadernos culturais e artigos nas páginas de Opinião das publicações, além dos editados diretamente em meu blog – albenísio.wordpress.com e mesmo em sites como o Zonacurva.com, produzido em São Paulo”.

Segundo Sérgio Mattos, mestre e doutor em Comunicação pela Universidade do Texas (Estados unidos), que assina o prefácio do livro, “com texto primoroso de cronista nato e espírito jornalístico aguçado, Albenísio Fonseca reúne em Jornalismo Cultural em transe, uma coletânea de suas produções publicadas na imprensa baiana, ao longo dos últimos 35 anos, como fruto de uma atuação marcante, como repórter, editor e empresário na área de comunicação, pois foi, ainda, responsável pelo lançamento de publicações como o Jornal do Recôncavo, Jornal da Orla, Jornal da Península, A Era da Qualidade, Jornal do São João, Itapuã na Frente e a Revista do Carnaval – com que obteve o Prêmio Colunistas Brasil em 1992”.

Nos textos selecionados para o livro, conforme Sérgio Mattos, “Albenísio revela ângulos e perspectivas distintas do olhar comum, nos levando a transitar por suas memórias e sensibilidade jornalística. Ele nos conduz a admirar aspectos que foram objeto de seu olhar clínico e crítico. Com seu estilo de relatar, de se entranhar na realidade, de ir além da superficialidade jornalística, apresenta o âmago do que, e sobre o que, está escrevendo, descrevendo o corpo físico e o espírito cultural impregnado do cheiro e da cor do ambiente”.

Consciência crítica e criativa

Sérgio Mattos mostra que “foi na década de 1980, quando a indústria cultural brasileira marcou crescimento expressivo, que Albenísio Fonseca começou a atuar, fazendo sua interpretação estética e a representação do sistema artístico-cultural baiano, de modo tão singular que seu estilo se destacou, passando a ocupar as capas dos suplementos dos jornais onde trabalhou”. De acordo com Mattos, “Albenísio aprendeu a fazer uma triagem dos produtos culturais, priorizando aspectos que lhe permitisse fugir da padronização da cobertura cultural das publicações, sempre acrescentando um toque especial, um requinte, em tudo que escrevia”.

Nos textos reunidos no livro, segundo Sérgio Mattos, “percebe-se a consciência crítica e criativa do jornalista, atuando dentro de um conceito cultural amplo e atual, lançando mão de ferramentas técnicas e teóricas relacionadas a cada manifestação da cultura.  Ele desenvolve uma metodologia própria, tanto no processo de captação da informação quanto na estruturação de seus textos, superando os obstáculos de maneira ética e criativa, correspondendo aos pressupostos teóricos da cultura e do próprio jornalismo”.

- A diversidade de temas e formas de abordagens dos produtos culturais é inerente ao próprio autor. Albenísio tem consciência de que o jornalismo é um instrumento de integração entre as tradições, revelando a cultura baiana como algo dinâmico, múltiplo e colorido. Como jornalista, se posiciona, emite opiniões e faz cobranças com vista à revitalização, preservação dos bens culturais, históricos e ambientais, avalia Sérgio Mattos.

Para ele, Albenísio Fonseca “demonstra ter claro o quanto o jornalismo cultural envolve a produção, circulação e consumo de bens simbólicos no contexto de um mercado tão amplo que o obriga a avaliar e analisar a produção simbólica de maneira profissional e coerente de forma a lhe ressaltar e garantir legitimidade. Neste livro, marco do Jornalismo Cultural praticado na Bahia, como em um caleidoscópio cultural, o leitor passeia por uma diversidade temática que vai do teatro à literatura, da música à antropologia, da história à fotografia, do esporte ao design, passando pelo marketing e publicidade”.

Ainda segundo Sérgio Mattos, “Jornalismo Cultural em transe é um livro marcante, caracterizando-se como um registro de época e de nossa cultura. Os temas abordados permanecem tão atuais quanto no dia em que foram publicados pela primeira vez. Com capacidade de transitar por assuntos diversos, trabalhados como fragmentos, sem eliminar a transversalidade cultural aqui apresentada, o autor promove uma perfeita articulação entre os temas”. 

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