Filme banido no Quênia é destaque de mostra africana do Panorama Coisa de Cinema |
Qua, 26 de Setembro de 2018 04:21 |
Filmes produzidos no Quênia, Nigéria, Senegal, Burkina Faso, Sudão e África do Sul compõem a inédita Mostra de Cinemas Africanos, que será realizada em parceria com o XIV Panorama Internacional Coisa de Cinema, integrando a programação do festival. A proposta é proporcionar espaços de exibição para longas e curtas-metragens produzidos na África nos últimos dez anos, trazendo uma série de produções nunca exibidas na Bahia. Um destaque da mostra é o longa "Rafiki", da cineasta queniana Wanuri Kahiu, que foi o primeiro filme do país a ser selecionado para o Festival de Cannes, onde fez sua estreia este ano. A obra foi banida do Quênia por contar uma história de amor entre duas adolescentes. Alguns títulos ainda estão sendo confirmados, mas a expectativa é exibir cerca de 30 produções realizadas no continente africano e também na diáspora francesa, seguindo três eixos temáticos: ativismo e micropolíticas, universo da mulher e universo da infância.“A diáspora é muito expressiva na Bahia, no entanto, apesar da relação desses filmes com a nossa população, a cinematografia dos países africanos não costuma chegar a Salvador”, comenta Ana Camila Esteves, produtora, jornalista e pesquisadora de cinemas africanos. Ela divide a curadoria da mostra com a pesquisadora espanhola Beatriz Leal Riesco, crítica e curadora especializada em arte e cinema contemporâneos da África, Europa e Oriente Médio. A Mostra de Cinemas Africanos tem apoio do New York African Film Festival, o Wallay Barcelona African Film Festival e o FestiFrance (Brasil), e será realizada ao longo do XIV Panorama Internacional Coisa de Cinema, que acontece entre os dias 11 e 21 de novembro, em Salvador e Cachoeira. |
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