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Vila Sul: residência artística do Goethe-Institut inicia temporada 2019
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Ter, 22 de Janeiro de 2019 14:07

Vila_Sul.Neo_MuyangaA temporada de 2019 do Programa de Residência Artística Vila Sul do Goethe-Institut Salvador-Bahia vai começar. Cinco residentes chegam neste final de janeiro à capital baiana para, durante dois meses, vivenciar a rotina da cidade, interagir com suas práticas e agentes culturais, sendo instalados em apartamentos construídos no último andar da sede do instituto, contando com toda sua estrutura física e articulações locais.

O grupo é formado pelo artista visual Emo de Medeiros (Benin), pela saxofonista e compositora Ida Toninato (Canadá), pelo compositor e músico Neo Muyanga (África do Sul) e pela dupla de artistas de quadrinhos e música Tine Fetz e Nick Jongen (Alemanha/Holanda).

Oficialmente inaugurada em novembro de 2016, a Vila Sul é a terceira residência artística no âmbito geral das 159 unidades do Goethe-Institut existentes no planeta, e primeira e única da rede no “sul global”, abaixo da Linha do Equador. A sua proposta é fortalecer interlocuções entre o Brasil e demais países do hemisfério Sul a partir da presença de artistas de todo o mundo, genuinamente interessados em perspectivas sociopolíticas e culturais desta metade do planeta. Entre 2016 e 2018, 63 artistas e agentes culturais já experimentaram esta oportunidade.

Emo de Medeiros estudou na Ecole Normale Supérieure (Paris/Ulm), Ecole Nationale Supérieure des Beaux-Arts (Paris) e na Massachusetts College of Art (MassArt). Sua obra se baseia em um conceito que ele chama de “contextura” e explora as interconexões, hibridizações e circulações de formas, mitos e mercadorias no contexto de um mundo pós-colonial, globalizado e digitalizado. Centra-se em espaços transculturais, questionando noções tradicionais de origem, lócus ou identidade, e investigando suas mutações em narrativas não lineares. Sempre inclui uma dimensão conceitual saliente e faz uma abordagem participativa e rítmica, fundindo elementos tradicionais, tecnológicos e semiológicos em formas transmídias: desenho, escultura, vídeo, fotografia, montagem, arte performática, música eletrônica, instalações, pintura e tecido aplainado. Seu trabalho já foi exibido internacionalmente, na França (Centre Pompidou, Palais de Tóquio), na Alemanha (MARKK Hamburgo), Brasil (Videobrasil Festival de Arte Contemporânea de São Paulo), Nigéria (LagosPhoto), Reino Unido, Japão, China, nas bienais de Marraquexe, Dakar e Casablanca. A sua residência na Vila Sul do Goethe-Institut se dá como bolsista da Associação Cultural Videobrasil.

Ida Toninato tem ouvido para o desconhecido. Ela explora espaços reverberantes, com acústica incomum, para desenvolver parcerias artísticas com um forte senso de ligação. Depois de anos tocando música contemporânea com vários parceiros, mergulhou de cabeça na busca de uma música que venha de suas próprias e ousadas intuições musicais. Seu álbum de estreia, “Strangeness is gratitude” [Kohlenstoff Records, 2016], a colocou firmemente na cena experimental underground, com uma recepção entusiasmada de críticos, artistas e uma crescente base de fãs. Atualmente, ela está produzindo um álbum de remixes com colaboradores como Nicolas Bernier e Valerio Tricoli, e suas composições vêm sendo cada vez mais requisitadas, tendo trabalhado com o coreógrafo Simon Renaud e o cineasta Thierry Loa. Também está em produção de seu segundo disco solo, “We become Giants”, gravado em um antigo tanque de água no deserto do Colorado. Além de suas composições solo, Toninato escreve e atua ativamente com a musicista Ana Dall’Ara-Majek como Jane/KIN, criando performances que misturam espacialização e improvisação. Também atua com a instrumentista Jennifer Thiessen: juntas, elas lançaram “The Space Between Us” [Ambiances Magnétiques, 2018], indicado ao prêmio Opus Prize na categoria de música eletroacústica e experimental. Toninato percorreu extensivamente a Europa e a América do Norte com o mundialmente renomado grupo de dança La La La Human Steps, e frequentemente divide o palco local de Montreal com sua grande comunidade de música de improvisação. Ida Toninato recebe bolsa do Conseil des arts et des lettres du Quebéc (CALQ) para sua residência na Vila Sul do Goethe-Institut.

Neo Muyanga cresceu cantando em coros tradicionais locais. Mais tarde, se mudou para Trieste, na Itália, para prosseguir nos estudos da tradição madrigal italiana. Atualmente, seus interesses de pesquisa e performance estão no estudo da estética da música de protesto em todo o sul global. O foco particular é no teatro musical e na ópera, como uma prática política e marginal dentro da comunidade negra na África do Sul. Em 1996, Muyanga fundou, com Masauko Chipembere, a dupla acústica de soul BLK Sonshine, reunindo seguidores em toda a região sul da África e outras partes do mundo, com seus lançamentos no topo das paradas “Born in a taxi” e “Building”. Ele compõe óperas de câmara, peças e obras musicais para conjuntos grandes e mistos, empregando uma estética sincrética que, ao mesmo tempo, faz referência aos modos tradicionais de música Basotho e Zulu, free jazz e música barroca ocidental. Ele e o editor Ntone Edjade cofundaram a Pan African Space Station – uma plataforma de música ao vivo e um portal de streaming que hospeda e exibe música e arte de vanguarda do continente africano e da diáspora.

Tine Fetz e Nick Jongen trabalham juntos desde 2016. Ela mora em Berlim e trabalha com quadrinhos e ilustração, publicando suas histórias em revistas e jornais. Ele é músico e também está nas bandas Sleep Kit, Baby Galaxy e I Am Oak, sendo o Ghost Bag o seu projeto solo. Em dupla, eles criaram o projeto colaborativo “Ghost Bag & Tine Fetz”, que é o resultado de uma relação por correspondência de longa distância, entre ilustrações e gravações caseiras. O que começou como o conceito solto de “Tine desenha, depois Nick grava” se transformou em um diálogo artístico e pessoal. Foram necessários dois meses intensos para moldar o projeto, compartilhando segredos e se aproximando ao longo do caminho. Desenhando e gravando em cada minuto livre, “Ghost Bag & Tine Fetz” tornou-se a narrativa do sonho febril dos dois. Em 2018, eles fizeram uma turnê pela Europa, tocando suas músicas ao vivo. Além disso, criaram juntos pequenas histórias em quadrinhos e experimentaram diferentes formas de diálogo musical e visual.

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