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Estreia: Espetáculo “A Filha da Monga” celebra 30 anos de carreira da atriz Zeca de Abreu
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Ter, 27 de Julho de 2021 18:57

A_Filha_da_Monga_-_Foto_Gabrielle_Guido_1Com texto e direção de Luiz Marfuz, a peça estreia em 5 de agosto pelo canal do SESC Bahia no Youtube. Projeto marca a formatura de Zeca de Abreu pela Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia.

Com estreia virtual no dia 5 de agosto de 2021, quinta-feira, 19h, o espetáculo "A Filha da Monga" celebra os 30 anos de carreira da atriz e diretora Zeca de Abreu .
A peça tem texto inédito de Luiz Marfuz, que também assina a direção do espetáculo. O monólogo é resultado da formatura de Zeca pela Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia, marcando o encerramento de um ciclo interrompido três décadas atrás, quando a artista deixava a graduação para atuar em suas primeiras peças profissionais. Com exibição gratuita pelo canal do SESC Bahia no Youtube (www.youtube.com/SescBahiaOficial), o espetáculo permanece disponível ao público de 5 de agosto a 5 de setembro.

A obra narra a história de uma jovem que é obrigada pelo padrinho a trabalhar num parque de diversões no papel da mulher que vira monstro, a Monga, seguindo os passos da mãe. Ela tenta quebrar essa cadeia de sucessão para poder viver os ritos de passagem de sua vida na infância, na adolescência e na vida adulta. Para isso, tem de enfrentar a hostilidade dos homens que antecipadamente reservaram um papel para ela. Entre a realidade e a imaginação, a trama percorre a jornada de afetos da história dessa mulher.

“A peça procura tocar algumas questões incômodas que atravessam temas e instituições como a escola, a família, a religião, a psiquiatria, a sexualidade, a violência doméstica e a indústria de entretenimento. Trata-se, no fundo, da reconstituição da jornada de afetos e agruras de uma mulher”, conta Luiz Marfuz, que escreveu a obra especialmente para Zeca após um pedido da atriz que aconteceu três anos atrás. Naquela época, os dois se reuniram, Marfuz escreveu algumas cenas, mas a história não avançava muito. Foi então que, em dezembro de 2020, já durante a pandemia, o projeto foi retomado.

“Escrevi o texto entre janeiro e março deste ano, a maior parte em Coaraci, minha cidade natal. Foi aí que me veio a lembrança da Monga, fenômeno que sempre acompanhei nos circos e parques de diversões do interior e que me intrigava muito. Eu ficava fascinado por aquela transformação e só mais tarde vim a saber que era um truque de espelho, que mulher nenhuma virava monstro. Então surgiu a pergunta-guia: qual seria a história de uma mulher que faz o papel de monstro numa tenda noturna, todos a reconhecem como tal, mas o que ela deseja é simplesmente ser mulher?”, compartilha Luiz Marfuz.

Para Zeca de Abreu, é uma estreia especialmente simbólica, pois marca o seu retorno à Escola de Teatro depois de uma carreira artística consolidada, premiada como atriz e diretora, com dezenas de trabalhos em teatro, cinema e televisão. “Estou ao mesmo tempo completando 30 anos de carreira e me formando no curso de interpretação teatral na Universidade Federal da Bahia. Me formar tem muitos significados. Voltei a estudar porque acredito que a vida é um eterno aprendizado”, comenta a artista, que reuniu no projeto uma grande equipe artística e mobilizou uma extensa rede colaboradores, que viabilizou o projeto através de uma campanha de financiamento coletivo que arrecadou R$11 mil reais. “No meio dessa pandemia, fazer teatro é muita loucura. Estou honrada por ter tanta gente do meu lado”, complementa Zeca.

Explorando o diálogo entre o teatro e a linguagem audiovisual, “A Filha da Monga” foi ensaiada remotamente e gravada no Galpão Wilson Melo, no Forte do Barbalho, em Salvador. O espetáculo tem direção musical de Luciano Salvador Bahia, cenário de Zuarte Júnior, figurino de Maurício Martins, desenho de luz de Fernanda Paquelet, preparação vocal de Iami Rebouças, assistência de direção de Mateus Schimith, Lucas Modesto e Ícaro Bittencourt, câmera de Hilda Lopes Pontes, Klaus Hastenreiter  e Thiago Duarte, montagem de Klaus Hastenreiter, roteiro audiovisual de Luiz Marfuz e Lucas Modesto, produção executiva de Gabrielle Guido, coordenação de produção de Luiz Antônio Sena Jr, além da participação em voz off dos atores e atrizes Aicha Marques, André Tavares, Edu Coutinho, Iami Rebouças e Kaika Alves. O projeto é uma realização da Escola de Teatro da UFBA e da Ouroboros Companhia de Investigação Teatral.

Serviço

“A Filha da Monga”
Estreia virtual: 5 de agosto de 2021, quinta-feira, 19h
Exibição gratuita no Canal do SESC Bahia até 5 de setembro de 2021
Onde assistir: www.youtube.com/SescBahiaOficial

Sobre Zeca de Abreu

Com 30 anos de carreira teatral, Zeca de Abreu é atriz, diretora e produtora. Fundadora da Ouroboros Companhia de Investigação teatral, criada em 2003 inicialmente com o nome Trupe da Zequinha, grupo com o qual dirigiu os espetáculos "H2O Uma Fórmula de Amor", com texto de Elísio Lopes Junior e direção de Zeca de Abreu, montagem vencedora do Prêmio Braskem de Teatro de melhor espetáculo infantojuvenil; “Cartas Portuguesas”, primeiro solo da atriz Zeca de Abreu, com direção de Cristina Leifer; "Destinatário Desconhecido", versão teatral de Gil Vicente Tavares para o romance da autora norte-americana Kathrine Kressmann Taylor; "Distopias", considerado uma radiografia das sociedades contemporâneas, entre outros. Zeca também foi premiada como Melhor Atriz pela peça “Um Prato de Mingau para Helga Brown”, na Bahia, e em Florianópolis ganhou o Prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante no Festival de Teatro Isnard Azevedo, com a peça “Pontapé”. Participou de inúmeros trabalhos no cinema, como os filmes "Irmã Dulce", de Vicente Amorim, "Cidade Baixa", de Sergio Machado, "Depois da Chuva", de Claudio Marques e Marilia Hughes, "O Homem que não dormia" e "Eu me Lembro", de Edgard Navarro, entre outros. Na televisão, protagonizou a série "A Saga de Marizete", que realizou três temporadas no Mosaico Baiano, da TV Bahia, mesmo programa onde apresentou o quadro "Sofá da Zeca", e atuou na novela "Segundo Sol", da Rede Globo.

Sobre Luiz Marfuz

Luiz Marfuz é diretor teatral, dramaturgo, jornalista e professor da Escola de Teatro; doutor em Artes Cênicas, mestre em Comunicação e Cultura Contemporâneas, Bacharel em Administração e em Comunicação, todos pela UFBA. É membro permanente da Academia de Ciências da Bahia. É autor das peças Traga-me a cabeça de Lima Barreto, A capivara selvagem, A última sessão de teatro, Cuida Bem de Mim (coautoria Filinto Coelho), Meu nome é mentira - todas encenadas - e Senhora dos Infiéis. É diretor atuante na cena baiana há 40 anos, em que se destacam os espetáculos Comédia do Fim (de Samuel Beckett), Mãe Coragem e O casamento do pequeno burguês (Bertolt Brecht), Cabaré das ilusões e Bonitinha, mas ordinária (Nelson Rodrigues), Decamerão (Boccaccio) e Língua de Fogo (Saul Below). Publicou os livros: Beckett e a implosão da cena, Dramaturgia do acontecimento no telejornal: a emoção no palco da notícia, Senhora dos Infiéis, Harildo Déda, a matéria dos sonhos (coautor Raimundo Leão), Te pego pela palavra (coorg. Márcio Meirelles). Criou e liderou o projeto artístico-pedagógico Cuida Bem de Mim, 1996- 2008, realizando 810 apresentações da peça homônima em 250 escolas públicas e teatros do país, atingindo 250 mil espectadores. É detentor de vários prêmios na área, a exemplo de Prêmio Braskem de Teatro (Melhor diretor, autor e espetáculo), Troféu Caymmi (melhor direção artística) e Troféu Martim Gonçalves (espetáculo e direção).

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