Baseado na extraordinária história da revolucionária artista mexicana Frida Kahlo, nasce o espetáculo solo Frida e Eu, idealizado, produzido e interpretado pela atriz/dançarina e performer Iêda Dias, bacharel em Artes Cênicas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA).

A direção do espetáculo traz a assinatura do ator/diretor Marcos Machado, com 42 anos de carreira teatral e larga experiência na encenação de monólogos. Na encenação o diretor faz um profundo mergulho no universo Artudiano (Antonin Artaud) buscando uma interpretação visceral.

FRIDA E EU, a adaptação dramatúrgica, também assinada por Iêda Dias, é sobretudo uma homenagem à artista mexicana que revolucionou o mundo das artes. O texto foi escrito a partir do estudo das duas principais biografias, sobretudo a biografia romanceada Frida Kahlo de Rauda Jamis. Somaram-se à pesquisa da autora importantes documentários sobre a vida e obra da artista. Finalmente, o que Iêda propõe é um diálogo com essas fontes através das suas impressões pessoais trazendo à cena uma Frida que reflete e rememora momentos fundamentais de sua vida.

A montagem do espetáculo exigiu uma imersão profunda na vida da artista mexicana. Entre a pesquisa, a escrita do texto e a montagem propriamente dita, foram transcorridos nove meses. O trabalho de “mesa” e a busca do equilíbrio cênico através da forma, do ritmo e da dinâmica, foram algumas das práticas que permearam a construção cênica. A expressão corporal foi investigada através da dança com base em Laban/Bartenieff e do ritmo Flamenco. Laboratórios com o objetivo de construir imagens, quadros, cenas e penetrar nas emoções propostas estiveram presentes durante todo o processo.

Para adentrar o universo da personagem foi realizado um laboratório intensivo de pintura na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia, com o suporte do artista visual Wagner Lacerda que também assina os adereços e figurino da peça.

Frida e Eu traz marcas da vida da atriz. Lembranças afloradas durante a pesquisa e escrita do texto, ficaram, de alguma forma, impressas na personagem. Na infância, Iêda, como Frida, ficou sem caminhar por um curto período por causa de uma injeção mal aplicada. Sua mãe teve um problema grave na coluna e, apesar das dores frequentes, tal qual Frida, não se deixava subjugar pelo sofrimento. Essas memórias trouxeram suporte para o título da peça.

Após a apresentação do espetáculo vai rolar uma atividade "bônus": o PAPOgamBOA, um momento de interatividade com o público em um bate-papo com os artistas.

Ficha Técnica:

Direção: Marcos Machado

Atriz: Iêda Dias

Designer de Luz: Jorge Vox

Figurino e adereços: Wagner Lacerda

Cenografia Jorge Vox

Técnico de Som: Leonardo Mascarenhas

Técnico de Luz: Jorge Vox