XII Jornada de Dança da Bahia apresenta “Verso e Reverso”, da Escola Contemporânea de Dança (BA) e Lori Belilove (EUA) e “Memória das Águas”, de João Perene (BA).
O espetáculo “Verso e Reverso” é uma junção de coreografias criadas pela diretora da Jornada de Dança da Bahia e da Escola Contemporânea de Dança, Fatima Suarez e pela dançarina estadunidense Lori Belilove, inspiradas em trabalhos originais e na musicalidade de Isadora Duncan.
A obra busca expressar uma conexão entre passado e futuro, entre culturas distintas que pela força dos seus fazedores se encontram. É também uma experimentação dos movimentos da dança de Isadora Duncan em um novo contexto onde corpos e música brasileira ocupam a cena. Serão apresentadas em “VERSO” as coreografias de Isadora Duncan “Revolutionary” (1923); “Champanhe” (1910); “Dança das Fúrias” (2017) e “Sisters” (1923) e em “REVERSO”, o vídeo “Revolutionary En Masse”, Lori Belilove e “Xaxado”(2012), “Poison” (2013) e “Beatiful Sisters” (2021), de Fatima Suarez.
A trilha sonora tem músicas dos compositores eruditos Scriabin, Schubert, Gluck e Chopin, além de canções de compositores brasileiros e contemporâneos Tom Zé, Lenine e Caetano Veloso. A assistência coreográfica é de Leila Gomes, Estela Serrano e Rachel Neves e figurino de João Perene. No elenco do espetáculo, além do Contemporânea Ensemble, os solistas Rachel Neves, Brisa Carrilho, Mayana Magalhães e Ramon Moura.
Todo o conceito da Jornada de Dança da Bahia se desenrola ao redor dos ideais e da filosofia de Isadora Duncan (1877-1927), a principal precursora da dança moderna. A ligação com esta dançarina que revolucionou as artes cênicas é uma das marcas mais importantes da história da Jornada, e se revela em diversos aspectos técnicos e conceituais, permeando toda a programação. O tema deste ano, “Quem não experimentar, não entenderá copiando”, remete a filosofia da dançarina estadunidense e busca uma reflexão sobre a importância da experimentação. A pandemia trouxe inúmeros desafios às expressões artísticas e um deles é de como os professores podem ensinar dança virtualmente. “Embora as informações estejam ao alcance dos olhos, não basta ver, é preciso experimentar. O tema também traz essa reflexão sobre o que estamos fazendo com o que estamos assistindo: estamos entendendo?”, questiona Fátima Suarez.
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