O sorriso de Olívia. Por Andrezão Simões
Cada vez que vejo este sorriso, vejo gente. Encontrar com a pessoa é certeza deste sorriso afetuoso. Encontrar com a Secretária de Estado (SETRE, Secretaria Estadual de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte), Olivia Santana é um orgulho constante por este sorriso necessário. Adoro encontrar Olivia e vê-la sorrindo. Sei o quanto levar este sorriso por aí é inspirador e desafiador.
Alguns não suportam vê-la, quanto mais sorrindo. As razões que apequenam estes olhares protagonizaram mais um dos episódios bizarros cotidianos, que parecem ganhar naturalização perigosa em nossos dias.
Quem quiser se informar sobre o fato vá até sua página ou veja as matérias que saíram sobre o ocorrido (http://www.correio24horas.com.br/…/secretaria-e-alvo-de-ra…/ )
Durante sua chegada ao evento, praticaram crime contra este sorriso e terão que responder por isto. Houve uma época que discriminar negros, neste país, era prática naturalizada em uma sociedade enferma. Pois bem, outras ondas adoecem nossa gente. E todas elas têm gerado um mesmo comportamento naturalizado de expressão odienta, rasa e vazia.
O lixo psíquico deste momento é desolador. Escapa das mentes, das bocas, das teclas, da completa ausência do pensar, da bizarrice instituída, dos desmandos que assolam o país, das tretas e mutretas, desta letargia que paralisa atitudes e mobilizações, da arena política de negócios de interesse duvidosos, da farra do poder econômico, da especulação internacional, da manipulação das instituições brasileiras, da imoralidade de alguns juristas e da implosão de valores éticos, culturais, educacionais e afetivos.
A desfaçatez com que se agride não é da época da barbárie, que ainda contemplava a lógica do instinto. É deste tempo, da ausência de lógica, da burrice, sem ofender aos burros e da cegueira, sem ofender aos cegos.
Mesmo com uma era já comprometida, não se pode baixar a guarda com os adoecidos. É preciso que respondam por seus atos, como exemplos para uma nova construção social, que caminhe por onde caminhar, não pode instituir a idiotia como parâmetro de convívio.
Neste caso, peço licença a minha querida Irene e a Caetano Veloso para parafraseá-lo: “Quero ver Olívia dar sua risada”. E sorrirei junto. Sempre.
Andrezãp Simões é Produtor Cultural

