O que é vandalismo? Por Walter Takemoto
ACM Neto, como é tradicional entre governantes autoritários e que administram a cidade para o poder econômico, está utilizando a imprensa do “beija mão” para tentar deslegitimizar as manifestações que ocorrem contra o seu projeto de BRT.
Agora ele recorre a blogs e a imprensa do “vale o que pública” para dizer que manifestantes “vandalizaram tapumes”.
O que são esses tapumes?
ACM Neto e a empresa que “venceu” a licitação cercaram com tapumes uma grande área entre as avenidas Juracy Magalhâes e ACM.
Esses tapumes ocultam da população soteropolitana corte de árvores, bambuzais e a mata que lá existe.
Por detrás dos tapumes fazem o que bem entendem com os animais que habitam o local.
Isso é vandalismo.
Pior ainda, é criminoso, pois ACM Neto antes mesmo de ter as licenças exigidas por lei, apressa a obra de construção de elevados e viadutos para tentar criar o fato consumado, transformando aquela área em deserto.
Derrubar duas placas de tapume é nada, diante das inúmeras árvores que o prefeito já mandou derrubar.
Ou do dinheiro público que está gastando para tentar manipular a opinião pública, como já fez outras vezes, como na licitação das linhas de ônibus, da reforma da Barra e do Rio Vermelho.
Vandalismo é quem obriga a população a ficar horas esperando ônibus nos pontos, ou a andar a pé porque o prefeito cancelou linhas.
Vandalismo é o prefeito extinguir quase todas as linhas do terminal da Barroquinha, e levar a falência centenas de pequenos comerciantes da região, aumentando o desemprego.
Vandalismo é o prefeito permitir que seus “fiscais” e a guarda municipal espanque homens e mulheres que tentam sobreviver na cidade como trabalhadores informais, e tomem seus produtos.
Quem hoje está nas ruas protestando contra o projeto do BRT do prefeito são jovens, homens e mulheres, que não se conformam com o desperdício de R$ 820 milhões em uma obra que irá desfigurar a paisagem urbana, destruir o meio ambiente, concretar rios, e não trará nenhum benefício para a mobilidade urbana na cidade.
Nós somos aquelas e aqueles que lutam contra o vandalismo do poder público e do poder econômico que tentam fazer do espaço público meio privado de acúmulo de riqueza e que despreza o interesse e o bem público e comum, que a todos pertence.
