Domingueiras XCIV. Por Sérgio Guerra
Como já era esperado por todos aqueles que têm um mínimo de esperteza no trato com o judiciário brasileiro, cada vez mais, Lula vai sendo afastado do processo eleitoral, na média em que vão sendo esgotados os recursos de seus advogados e da mesma forma, os prazos do curto período eleitoral.
Assim, praticamente esgotada a sua tática eleitoral de desgaste e desmoralização da justiça (?) brasileira, eleitoral e da Lava Jato, ao tempo em que acumula cacife de votos, resta agora verificar a sua capacidade de transferir votos para o seu candidato Fernando (Lula) Haddad, seu atual vice e que deve ser efetivado como seu substituto.
Aliás, uma dúvida permanece no ar, pois se ele Haddad é o seu vice, oficialmente, porque não tem sido chamado para os vários programas de entrevistas nas grandes mídias, em que Lula o candidato mais bem colocado em todas as pesquisas eleitorais. Afinal para que serve o vice, em qualquer lugar, se não para substituir o titular em seus impedimentos? Ou será que Lula não está impedido? Tal prática nos parece mais uma artimanha para a exclusão de Lula do processo eleitoral, conforme exige a grande mídia e a justiça, em seus vários segmentos, mesmo contra a Comissão de Direitos Humanos da ONU e a grande unanimidade dos intelectuais e grandes juristas de todo o mundo.
De qualquer forma, o quadro eleitoral que se apresenta, conforme as pesquisas da área, começa a indicar algumas tendências, na medida em que, sem a presença de Lula, Bolsonaro, Marina, Ciro e Alckmin, nesta ordem começa a sofrer com a presença cada vez maior de Haddad que deverá receber a maioria dos votos do ex-presidente. Por outro lado, algo que poderá ser decisivo neste curto processo eleitoral de 2018, será o tempo de propaganda no rádio e TV, resultado das bases parlamentares dos candidatos, o que deverá alavancar as candidaturas de Alckmin, Haddad e talvez Meirelles. Prejudicando os outros que tem menor tempo disponível, a começar por Bolsonaro.
Enfim, são tendências que podem ou não se confirmar, pois devemos lembrar que estas eleições de 1989, quando os grandes favoritos, como Ulysses, Brizola, Covas e até mesmo Aureliano, foram atropelados, em primeiro lugar por Collor que foi eleito e por Lula que disputou, surpreendentemente, o segundo turno. Deste modo, como costuma acontecer com disputas cujas regras são novas, pode acontecer tudo, ou mesmo nada. De qualquer forma, este mês de setembro e começo de outubro deverá ser muito rico em fortes emoções. Quem viver, verá!
02092018.
Sérgio Guerra.
Licenciado, Mestre e Doutor em História
Professor Adjunto da UNEB,.DCH1 Salvador.
Conselheiro Estadual de Educação – BA.
Colunista Político Semanal do Portal Mais Bahia.
Presidente do Instituto Ze Olivio IZO
Cronista do site “Memorias do Bar Quintal do Raso da Catarina”.
