A quem serve a violência? Por Walter Takemoto
Na campanha eleitoral disputada entre Lula e Collor, assistimos a mais ignóbil manipulação realizada por uma emissora de televisão para mudar o resultado da eleição.
As vésperas do segundo turno dessa mesma eleição, a policia apresentou para a imprensa os sequestradores do empresário Abilio Diniz vestidos com camisas do PT.
E quem não se lembra da bolinha de papel na cabeça do José Serra?
Os meios de comunicação que inventaram o “mensalão”, fabricaram cotidianamente escândalos “vazados” por delegados, promotores e juízes, promoveram em tempo real prisões e conduções coercitivas, sempre serão a arma mais poderosa em mãos do poder econômicos e seus serviçais para tentar impedir mais uma vitória do Lula ou de quem represente os interesses dos trabalhadores e do povo contra o golpe e suas consequências, expressas na retirada de direitos históricos da população brasileira.
O sujeito que atacou a “coisa” é um maluco? Foi movido por interesses políticos?
Nada disso interessa de verdade.
O que ocorrerá é que será utilizada para estimular os setores reacionários e fundamentalistas, elevar o discurso de ódio, cimentar o apoio desses setores à “coisa”, e tornar essa campanha a de maior risco de violência.
Só quem ganha com isso é aquele que tornou o discurso do ódio sua plataforma política eleitoral.
E essa “coisa” nada mais é do que a ratazana parida da montanha de lixo que os meios de comunicação e o poder econômico despejaram sobre o país para dar o golpe.
Meses atrás deram tiros, chicotadas, jogaram pedras e agrediram militantes do PT durante a caravana do Lula pelo sul do país.
Nenhuma indignação se viu nos meios de comunicação ou entre a “elite” do país.
Afinal, eles sempre quiseram a destruição política da esquerda, mas não se incomodariam se fosse física.
Só que se enganam, da mesma forma que anunciaram que a esquerda estava acabada no inicio da década de 1970, agora venceremos e sairemos mais fortes dessa batalha.
