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Alerta total e desobediência civil: O golpe precisa ser derrotado. Por Renan Araújo

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Renan_Araujo

Nos dias mais difíceis do golpe contra Dilma e da perseguição a Lula encontrei meu amigo Lão. 
Rapaz simples, trabalhador, lá de Mutá, que foi operário dedicado do Estaleiro Paraguaçu, que estava sendo construído por Lula/Dilma para produção de plataformas marítimas para exploração de petróleo nas aguas profundas do Pré-Sal.

A lavajato fechou o estaleiro e 7500 jovens trabalhadores foram demitidos. Lão foi um deles.
Eu, revoltado com golpes e maldades, falei qualquer coisa que exprimisse minha revolta a Lão. Ele, então, me tranquilizou: “doutor, fique tranquilo, eles têm muita maldade contra a gente, mas na hora H nós temos o voto. Eles vão ver que quem manda é a gente”.
Passaram-se dois anos, ou mais, e outras maldades foram perpetradas contra nosso povo. Um consórcio bem articulado, organizado, agindo como o monstro bíblico Beemote, colocou em prática um repertório de ações anti-democráticas e anti-nacionais que nos conduziu ao topo mundial da condição de “Banana Republic”.
Judiciário, mídia, “mercado”, militares, setores embrutecidos de nossa classe média (ou classe mídia? Ou classe merdia?) tentam levar o país para caminhos ainda mais tortuosos e perigosos.
Escolheram um capitão fracassado e obscuro do Exército como “mito”. Em sua vice, um general corrupto e agressivo. Em sua assessoria, e já escolhido “ministro da fazenda”, um lobista trambiqueiro do mercado financeiro, daqueles que ganham milhões sem gerar um único emprego. Diante do fracasso do golpe neoliberal de Temer/Aécio, o grotesco capitão confirma sua posição de candidato das elites e do mercado. 
E o fascista tosco e sua manada de insensatos, como não tem nada a oferecer ao povo (emprego, renda, saúde, educação, dignidade) buscam transferir o foco da discussão para questões morais, sempre mal discutidas e deturpadas.
Pois bem. Estamos diante dessa encruzilhada. 
O general Mourão defende Constituinte sem povo. Acusado de estar tentando dar um golpe, argumenta que se quisesse dar um golpe estaria “limpando as armas”. O capitão segue internado, vítima que foi do ódio que andou plantando pelo Brasil. 
O mercado (esse ser invisível e inescrupuloso) busca uma maneira de continuar ganhando dinheiro sem gerar empregos e sem correr riscos. O judiciário consolida sua posição de casta privilegiada e sapateia na cara da nação (“não deixe o samba morrer”) com altos salários, mordomias e ataques assassinos à Constituição Cidadã.
Já a mídia transfigura-se em partido político, buscando legitimar e defender o indefensável: que o povo pague pela crise que eles criaram.
Como disse meu amigo Lão, em sua simplicidade e sabedoria, saberemos dar a resposta na hora certa. Esse golpe reuniu forças poderosas, mas deixou muitas brechas e chegou ao esgotamento em apenas dois anos. É possível derrotá-lo.
Tentarão algum outro tipo golpe? Respeitarão a vontade das urnas e darão posse a Haddad em 1o de janeiro de 2019?
Não nos resta outra alternativa: intensa campanha pró Haddad nos próximos 20 e poucos dias, participação ativa nas campanhas de candidatos democráticos e populares, desmascaramento do fascismo, em todas as suas vertentes. Na hora H, cravaremos Haddad, 13, nas teclas das urnas.

Por Lula.
Pela democracia.
Pelo Brasil.

Renan Araújo é médico

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