Viva Mãe Stella de Oxóssi. Por Albenísio Fonseca
Sob a lembrança viva do afago doce da Ialorixá, mãe de santo, senhora dos Orixás, alma do Terreiro, sacerdotisa maior da tradição mitológica da fé religiosa de matriz africana, filha de Oxóssi.
A Bahia só tem o que agradecer, pela sua presença magnânima, Rainha do seu povo de santo, detentora dos mistérios, das suas simbologias e fetiches.
Ainda mais, cronista exuberante, dona das palavras, sob o justo senso e conhecimento profundo das hierarquias do Candomblé. Imortal da Academia.
Meu mais sentido reconhecimento pela importância histórica consagrada.
Que o Orun a acolha com alegria!… … …
“Voltei para casa com a imagem de tia Aninha, imponente e misteriosa, que com um gesto meio mágico tirou uma fruta – uma maçã vermelha – de uma grande gamela que estava no altar de Xangô, e me entregou. Achei ótimo, esnobei meus irmãos, ainda mais quando me disseram: – “Só você ganhou a fruta do pé do santo…”. Não me saía da cabeça a imagem da ossi dagã. Só falava nela e, então, fui informada de que ossi dagã era o cargo que ela ocupava no axé. Um ano depois, voltei com minha tia Arcanja, a Sobalojú do Opô Afonjá, e Joaninha, companheira de todas as horas. Tia Aninha já tinha falecido e a ossi dagã reinava como iyalorixá do Axé Opô Afonjá.”

Albenísio Fonseca é Jornalista e Escritor
