O Bolsoasno em declaração para a imprensa atacou Paulo Freire, responsabilizando o educador pelo péssimo desempenho dos estudantes no PISA – Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, realizado

a cada dois anos pela OCDE.

É de uma imbecilidade sem igual esse indivíduo que a mídia, os ricos e poderosos, colocaram na presidência com o golpe que promoveram no país.

O PISA foi implementado pela primeira vez em 2000 (coordenei a tradução para o português dos resultados de uma das avaliações) e o Brasil participa desde a sua primeira edição.

Ocorre que Paulo Freire faleceu em 1997, e mesmo sendo reconhecido em todo o mundo como um dos principais pensadores da história da pedagogia, com mais de 35 títulos de doutor honoris causa, jamais ocupou o cargo de ministro da educação, não sendo, portanto, responsável por políticas públicas educacionais para o país.

Mas é pedir muito para o Bolsonaro que tenha um resquício de conhecimento sobre a história da educação, pois nem mesmo o imbecil que ocupa o MEC sabe do que se trata planejar políticas educacionais.

Agora, como era previsível, essas bestas feras se voltam contra livros didáticos, por terem “amontoado de monte de textos”, e produzirão novos com a bandeira brasileira e o hino.

É o retorno da década de 60, que a besta fera relembrou ao citar a cartilha “Caminho Suave”, com seu treino motor, família branca de classe média e uma mulher negra de empregada doméstica.

É tempo de resistência e luta.

Como disse Paulo Freire: “Educação não transforma o mundo. Educação muda pessoas. Pessoas transformam o mundo”.

Portanto, contra a estupidez e o obscurantismo, em defesa do conhecimento, vamos formar quem pode transformar o mundo!

Walter Takemoto