Aldeia Nagô
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Pivô Salvador encerra a exposição de Zé di Cabeça com Mesa de Conversa com o artista e convidadas 

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Na sexta (29), às 19h, o Pivô realiza conversa com o artista Zé di Cabeça; a pesquisadora Gabriela Pereira e a curadora Lisette Lagnado, com mediação do curador da exposição Ramon Martins. Gratuito.

O Pivô Salvador inaugurou seu programa expositivo com a mostra “Zé di Cabeça – Porto das Sardinhas” no início de agosto e agora chega nos últimos dias de visitação, que vai até 30 de agosto (sábado), de segunda a sábado, das 14h às 19h, no Pivô Salvador (Nazaré). Para encerrar a exposição, será realizada no dia 29 de agosto (sexta-feira), às 19h, a mesa de conversa “Cultivar o território como prática artística”, com o artista Zé di Cabeça; a curadora Lisette Lagnado, a pesquisadora Gabriela Leandro Pereira, com mediação de Ramon Martins, curador e gerente de programas da instituição. “Propomos uma reflexão sobre os modos como práticas artísticas, pedagógicas e de cuidado fazem parte dos gestos de construção do território”, explica Ramon Martins.

A exposição “Zé di Cabeça – Porto das Sardinhas”
A exposição apresenta um recorte da produção visual do artista atravessada pelas camadas afetivas, simbólicas e políticas de seu territórioCom curadoria de Ramon Martins, gerente de programas do Pivô Salvador, a mostra ocupa o Ateliê da Casa do Boulevard com obras produzidas durante os últimos anos. Madeira recolhida na enseada do Porto das Sardinhas, azulejos, restos urbanos e papel se tornam matérias para fabulações visuais que inventam uma gramática para falar sobre o subúrbio. “Os trabalhos de Zé não nos colocam em frente ao resultado de um exercício representativo, mas de um procedimento artístico que deflagra uma relação simbiótica entre corpo e território”, conta Ramon. 

Dividida em três composições: InventariarImaginar e Presentificar, a exposição propõe um percurso sensível por entre galos, pitangas, casas, aves inventadas e velas acesas. São imagens cultivadas como quem cultiva um quintal: crescem no tempo das coisas que se enraízam. Para Zé di Cabeça, “uma canjarana só vira peça artística depois de brotar no pé”. A curadoria foi construída em estreita colaboração com Zé e toda a equipe do Acervo da Laje, respeitando a lógica coletiva e situada que atravessa sua prática.

Para a diretora artística e fundadora do Pivô, Fernanda Brenner, a exposição reafirma o compromisso institucional com práticas artísticas contemporâneas que emergem de múltiplas geografias e epistemologias. “O projeto fortalece o papel do Pivô como plataforma dedicada à experimentação artística, formação e circulação de saberes situados”, afirma Brenner.

Sobre Zé di Cabeça (José Eduardo Ferreira Santos)
Artista visual, curador e educador com formação em pedagogia, psicologia e saúde pública. José é fundador, ao lado de Vilma Santos, do Acervo da Laje – importante espaço cultural que converge arte, educação e memória no Subúrbio Ferroviário de Salvador, onde nasceu e vive.

Sobre Lisette Lagnado
Doutora em filosofia, crítica de arte, editora e curadora independente. Foi diretora da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, curadora de “Como viver junto” (27a Bienal de São Paulo) e cocuradora da “The crack begins within” (11a Bienal de Berlim). Recentemente, em cocuradoria com José Eduardo Ferreira Santos e Yuri Firmeza, abriu a exposição “Existências paralelas – acervo em (des)construção”, em cartaz até o final do ano na Pinacoteca do Ceará. Sobre Gabriela Leandro Pereira
Arquiteta e urbanista, professora da Faculdade de Arquitetura da UFBA. Tem realizado projetos, pesquisas e práticas criativas interdisciplinares, buscando aproximar o campo da história da arquitetura e das cidades com os estudos negros e feministas, atuando em publicações, exposições, invertigações, projetos de extensão, projetos curatoriais, assessorias e formação.

Sobre Ramon Martins
Curador da exposição e gerente de programas do Pivô Salvador. Pesquisador com formação interdisciplinar: graduação em design de produto, mobilidade acadêmica em curso de belas artes, mestre e doutorando em arquitetura e urbanismo. Atuando e colaborando em projetos artístico-culturais. 

Sobre o Pivô 

O Pivô é uma associação cultural sem fins lucrativos, fundada em 2012 e que atua como plataforma de intercâmbio e experimentação artística a partir do seu espaço no Edifício  Copan, no centro de São Paulo. O programa do Pivô se articula entre projetos comissionados, exposições, programas públicos, publicações e residências artísticas, sempre levando em conta o potencial que a arte contemporânea tem de instaurar questionamentos críticos e abrir novas possibilidades de envolvimento com as questões cruciais do nosso tempo.

Após uma década de funcionamento, em 2023, o Pivô abriu um novo espaço em Salvador. Localizado em um casarão histórico e relevante na cena cultural soteropolitana, o Pivô Salvador busca estabelecer-se como uma plataforma multidisciplinar de pesquisa e de intercâmbio no Nordeste do Brasil. O objetivo principal da instituição é fomentar e divulgar a produção artística local e criar um espaço livre e aberto para a interlocução entre diversos agentes do campo da cultura contemporânea, em esfera nacional e internacional.
SERVIÇO
Exposição “Zé di Cabeça – Porto das Sardinhas
Mesa de conversa “Cultivar o território como prática artística”
Data/Hora: 29 de agosto (sexta), às 19h
Visitação: até 30 de agosto. De segunda a sábado, das 14h às 19h, sem necessidade de agendamento prévio
Local: Pivô Salvador – Rua Boulevard Suíço, 11A – Salvador/BA
ENTRADA GRATUITA

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