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Bando de Teatro Olodum celebra 35 anos com leitura dramática de Zumbi e direção de Lázaro Ramos

4 - 5 minutos de leituraModo Leitura

Comemoração será no Espaço Cultural da Barroquinha, com música e caruru. Ingressos gratuitos.

No dia 17 de outubro (sexta-feira), o Bando de Teatro Olodum comemora 35 anos de criação e atuação ininterrupta nos palcos do Brasil, além de marcantes participações no cinema e na televisão. Reconhecido como a companhia de teatro negro de maior longevidade do país e um dos grupos artísticos mais consolidados do Brasil, o Bando celebra sua trajetória no Espaço Cultural da Barroquinha, no Centro de Salvador, às 19h.

O evento reunirá artistas da primeira formação do grupo e outros que marcaram a história da companhia, ao longo dos anos, reafirmando a força e o compromisso da performance negra.

A programação contará com músicas, performances e a leitura dramática de “Zumbi Está Vivo e Continua Lutando”. O texto de Aninha Franco foi encenado originalmente pelo Bando em 1995, com direção de Márcio Meirelles, participação de Mário Gusmão e o elenco do Bando, incluindo o estreante Lázaro Ramos, no ano em que o Brasil celebrou os 300 anos da imortalidade de Zumbi dos Palmares.

A leitura dramática tem direção geral de Lázaro Ramos e co-direção de Cássia Valle e Valdineia Soriano, artistas que atuaram na montagem há 30 anos. A trilha sonora contará com os arranjos originais do músico Cícero Antônio, e novos arranjos de Jarbas Bittencourt e coreografias e direção de movimento de Zebrinha (José Carlos Arandiba). A leitura contará ainda com o elenco atual do Bando e convidados especiais, como os atores Lázaro Machado e Edvana Carvalho, cujo talento tem sido reconhecido pelo país em telenovela como Renascer e Vale Tudo (Rede Globo). A direção de produção é de Sibele Américo da Mil Produções.   

O texto resgata a saga do Quilombo dos Palmares e do seu líder Zumbi que lutaram pela liberdade e igualdade, no século XVII, e resistiram às investidas violentas do poder colonial português. A peça traz reflexões ainda urgentes sobre as heranças do escravismo e a persistente marginalização da população negra no Brasil.

Além da leitura dramática, a celebração terá música e será servido um tradicional caruru, fortalecendo os vínculos culturais e afetivos que marcaram a história do grupo. Acesso gratuito com ingressos disponibilizados na plataforma Sympla.

Bando 35 anos

Em 17 de outubro de 1990, nasceu no Centro Histórico de Salvador o Bando de Teatro Olodum, fruto de uma parceria entre o Grupo Cultural Olodum e artistas do teatro baiano (Márcio Meirelles, Chica Carelli, Maria Eugênia Millet e Leda Ornelas), convocando artistas negros, alguns sem experiências com as artes cênicas, outros com histórico de militância política e cultural na periferia da cidade.

A motivação principal do Bando sempre foi a valorização das artes negras e a denúncia contra o racismo e os diversos preconceitos da sociedade, que se consolidou em uma experiência de performance negra referência para outros artistas e companhias do Brasil.

Atualmente a companhia possui uma coordenação colegiada, formada por Cássia Valle, Valdineia Soriano, Jorge Washington e Fabio Santana, atores, que atuam também como diretores e produtores, e os diretores artísticos: o coreógrafo Zebrinha e o músico Jarbas Bittencourt.

O Bando de Teatro Olodum é a companhia de teatro negro de maior visibilidade na história das artes cênicas na Bahia e uma das mais conhecidas do país, que há 35 anos defende um projeto de expressão negra coletiva nas artes cênicas, tendo as atrizes e atores negros como protagonistas das suas narrativas.

Espetáculos e Oficinas

Entre os grandes sucessos da companhia que marcaram a história do teatro baiano estão: Ó Paí, ó, que ganhou versões para o cinema e uma série na tevê; a revista musical Cabaré da Rrrraça; a premiada versão afro-baiana para o clássico de Shakespeare Sonho de Uma Noite de Verão; a celebração à ancestralidade negra Bença, o infantil Áfricas, que contagia adultos e crianças e a narrativa negra para as lutas de independência do Brasil na Bahia “2 de Julho: resistência cabocla”. 

Além dos mais de 20 espetáculos já montados nestes 35 anos e de incursões no cinema e na televisão, o Bando leva o público à reflexão sobre os temas abordados em oficinas, debates e encontro com grupos de performances negras. Assim nasceu o projeto de Oficinas de Performance Negra do Bando de Teatro Olodum, que anualmente contribui para a formação de novos talentos das artes cênicas, comprometidos com a valorização da cultura afro-brasileira.

SERVIÇO

O quê: Celebração dos 35 anos do Bando de Teatro Olodum

Quando: 17 de outubro de 2025 (sexta-feira), 19h

Onde: Espaço Cultural da Barroquinha – Centro, Salvador

Acesso gratuito com ingressos disponibilizados na plataforma Sympla

Programação: leitura dramática de “Zumbi Está Vivo e Continua Lutando”, música e o tradicional Caruru do Bando.

Elenco da leitura: Cássia Valle, Ednaldo Muniz, Fábio Santana, Gerimias Mendes, Jamile Alves, Jorge Washington, Merry Batista, Naira da Hora, Rejane Maia, Shirlei Silva, Valdineia Soriano, Arlete Dias, Danilo Cerqueira, Lucila Laura, além dos convidados especiais: Edvana Carvalho e Lázaro Machado, egressos do Bando.

Direção geral: Lázaro Ramos. Co-direção: Cássia Valle e Valdineia Soriano

Direção de Produção: Sibele Américo

Realização: Mil Produções e Bando de Teatro Olodum

Fotos da montagem original: Isabel Gouveia

Informações para imprensa: André Santana 71 98873-7047 / @andreluisantana–

André Santana

jornalista DRT BA 2226

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