Vitrolab apresenta sonoridade pop baiana e eletrônica em primeiro álbum
Representante da nova música pop baiana, a Vitrolab lança nesta sexta, 11 de março, Mais Humano, primeiro álbum da banda formada pelos irmãos Guga (voz e guitarra) e Marcelo Barbosa (voz e programações). O trabalho é resultado de 8 anos de trajetória dos artistas na cena de Salvador e apresenta uma fusão de ritmos afro-baianos, como pagode e ijexá, e latinos, como ragga e dancehall.
As influências do trabalho vão desde de movimentos históricos da música brasileira, como a Tropicália e o Manguebeat, até os nomes da música baiana atual, como BaianaSystem, ÀTTØØXXÁ e Afrocidade. A banda também foi buscar elementos em artistas latinos como Manu Chao e Orishas para montar o mosaico para produção do álbum.
Integralmente composto, arranjado e produzido pelos irmãos Guga e Marcelo, o Mais Humano conta com a co-produção e finalização do produtor baiano André T, do Estúdio T. Os poetas Edmundo Carôso e Dino Correia também assinam composições do trabalho em parceria com os integrantes da Vitrolab. O álbum chega em todas as plataformas digitais a partir da parceria com a distribuidora baiana Musequal.
Pop baiano e eletrônico
A sonoridade do álbum tem como referência a tradição percussiva da música baiana, que foi explorada de maneira subliminar e eletrônica. O resultado é fruto de diversas experimentações dos irmãos nos campos rítmicos da Bahia, que permitem inúmeras possibilidades estéticas e de diálogo com a música internacional, sobretudo a oriunda da diáspora africana.
“Nos primeiros anos de banda, nós exploramos as possibilidades sonoras nos palcos e, durante a pandemia, elas foram transmutadas para os computadores e sintetizadores analógicos. A partir desse processo, fomos encontrando o caminho do nosso som e o disco foi tomando forma”, explica Marcelo Barbosa sobre o processo de produção do trabalho.
A forma com que os ritmos aparecem, mesmo sem a presença dos instrumentos de percussão, é um dos principais elementos que caracterizam a sonoridade do álbum Mais Humano. “Muitas vezes são os sintetizadores ou instrumentos de corda (como a guitarra elétrica) que tocam as claves percussivas e marcam o ritmo da música”, explica Guga Barbosa.
Tom humano e esperançoso
Com forte apelo imagético e uma estética pop eletrônica, as 10 faixas que compõem o disco apresentam uma Bahia solar e urbana, quente e opressiva, sensual e poética. O período de isolamento social também foi decisivo para a conceituação do disco, pois possibilitou uma reflexão sobre o atual contexto político e social, além de um amadurecimento artístico da banda.
A partir desse processo, o duo pode traduzir musicalmente os sentimentos e aprendizados dos novos tempos nas canções do Mais Humano. Além de fortes críticas sociais (presentes em músicas como Fake, Adeus Babilônia e Trigonometria), o trabalho traz uma mensagem de esperança e luz – solar, inclusive – para a construção de um futuro em que a essência natural da existência se interligue com a essência do ser humano.
Em um período de hiperconectividade digital, o álbum também faz convida à (re)conexão com os elementos primários e fundantes da vida – elementos da natureza (em músicas como Solar, Amor Faz Bem, Mais Humano e Cabeça). Sem perder o tom provocativo, o disco também aborda temas atuais, como o combate a todo tipo de discriminação e preconceito, à violência de gênero e ao ódio disseminado nas mídias sociais; a proteção do meio ambiente; e a defesa das liberdades individuais.
Vitrolab
Antes conhecida como Vitrola Baiana, a banda Vitrolab nasceu em Salvador no ano de 2014. Sua sonoridade sempre foi marcada pela característica eletrônica e contemporânea, a partir da mescla de beats e sintetizadores com ritmos tradicionais. O grupo faz parte da nova safra de artistas que da cena que produzem uma música dançante e pensante, com letras provocativas e poéticas.
Desde o surgimento, a banda apresentou um forte trabalho autoral – sempre com um discurso contundente – e lança singles desde 2018. Naquele ano, a banda venceu o 16º Festival de Música da Rádio Educadora FM, maior festival de música da Bahia, na categoria voto popular com a canção Megalodon.
Foi nos bastidores da premiação, que a Vitrolab conheceu o cantor e compositor Caetano Veloso e apresentou a ele a versão para o clássico Odara. O consagrado artista baiano adorou o arranjo do grupo e cedeu os direitos para a gravação, que foi lançada como single em 2019. Atualmente a faixa já conta com mais de 20 mil plays, apenas do Spotify, e é a música mais ouvida da banda nas plataformas digitais.
Serviço
Vitrolab – Mais Humano
Lançamento do álbum
Sexta-feira – 11 de março
Em todas as plataformas digitais
Ouça aqui: musequalbr.lnk.to/MAISHUMANO
