Domingueiras CCCLXXXVI. Por Sérgio Guerra
Para aqueles que não conhecem a verdadeira prática política do governo brasileiro, atual, como deve acontecer com os estrangeiros, todos aqueles que, apenas, ouve os seus
pronunciamentos formais, como o que fez na “Cúpula das Américas”, das nações americanas, nesta semana que passou, pode acreditar que o Brasil é um exemplo que deve ser seguido pelas grandes potências mundiais, não só nas questões ambientais, como também na produção de alimentos para sustentar mais de um bilhão de habitantes da terra, como bem frisou a fala presidencial.
Assim, por exemplo, ao citar que o Brasil possui uma das mais das mais completas e perfeitas legislações ambientais do mundo, ele está falando a verdade, entretanto, esquece de dizer que o seu governo, está desmontando todo este aparato, além de aproveitar a pandemia para “ir passando a boiada e mudando o regramento”, com bem frisou o seu ministro da área, na terrível reunião ministerial do fatídico dia 22 de abril de 2020, que se constitui em um verdadeiro modelo de como não se deve reunir, qualquer grupo de pessoas com um mínimo de seriedade e respeito as instituições.
Por outro lado, na perfeita linha do discurso “só prá inglês ver” ele prosseguiu citando exemplos, não tão verdadeiros assim, sobre o percentual das área de ocupação de plantação nativa das nossas terras, incluindo Amazônia, cerrado e caatinga, entretanto, mais um vez omite os constantes e progressivos números de desmatamento de todas estas áreas, o que coloca o Brasil, como um dos países mais responsáveis pela alteração do clima e potencialização das catástrofes cada vez maiores e mais frequentes em todo o mundo.
Enfim, só para não nos alongamos, demasiadamente, neste rol de mentiras/omissões e dados falseados oportunisticamente, podemos recomendar uma leitura atenta do que foi dito e vem sendo comparado pelos diversos órgãos da imprensa, que assistiu, assombrada e incrédula, a imensa cara de pau do presidente, que em busca de um mínimo de credibilidade internacional, desfilou informes que acreditava que lhe daria um novo patamar entre as nações do mundo livre, cada vez mais preocupado com os danos ambientais que o Brasil, vem causando a Amazônia e todo o mundo de um modo geral.
Licenciado, Mestre e Doutor em História
Professor Adjunto da UNEB. DCH1 Salvador.
