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Aldeia Nagô
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Eu não tenho andado triste.Por Juca Ferreira

2 minutos de leituraModo Leitura
Juca_Ferreira

Fiquei emocionado ao assistir aos shows que aconteceram na ocupação da Funarte, no edifício Capanema, no Rio de Janeiro. Muitas pessoas têm manifestado tristeza com as coisas que estão acontecendo no Brasil. Eu não tenho andado triste.

Estou com todos os sentidos ativados e, em certos momentos, tenho experimentado uma espécie de felicidade guerreira. Tenho frequentemente me emocionado com as intervenções inteligentes; com as manifestações de coragem; de lucidez e discernimento que tenho encontrado por todo o país.

Acho que houve um excesso de delegação da representação no Brasil, nos últimos anos. A satisfação com as conquistas que tivemos a partir de 2003 estava estimulando uma passividade entre nós, um sedentarismo programático e uma obesidade ideológica.

A crise, o fantasma de dias piores, nos tiraram da toca do cotidiano e estão nos fazendo ir para a rua e para a esfera pública buscar protagonismo e parcerias. Com isso, passamos a exercitar a inteligência e a percepção da realidade.

Desde que começou esta crise, a produção de análises e de diagnósticos inteligentes, comentários pertinentes, intervenções luminosas só têm se multiplicado. Já li, com certeza, bem mais de cem textos que me encheram os olhos e alegraram o espírito. Quanta gente boa pintou no pedaço.

O golpe tem encontrado uma resistência admirável. Como podemos ficar tristes em uma hora desta? Sartre diz em um dos seus textos que nunca foi tão livre quanto no tempo da ocupação nazista de Paris. O engajamento na resistência implicava em colocar a vida em risco para viver a liberdade de ser coerente com as próprias ideias e de combater o opressor. Sei que isso é verdadeiro. Quando vivi clandestinamente, participando da resistência à ditadura militar, eu sabia dos riscos que experimentávamos em um momento de obscurantismo, censura e repressão à liberdade. A liberdade e a alegria de quem trava o bom combate.

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