Aldeia Nagô
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A Coragem para ser Feliz por Osho

3 - 4 minutos de leituraModo Leitura

Continuamos a perder muitas coisas na vida só por
causa da falta de coragem. Na verdade,
nenhum esforço é necessário para conquistar – só é preciso coragem – e as coisas
começarão a vir até você, em vez de você ir atrás delas.


Pelo menos no mundo interior é assim.
E, para mim, ser feliz é a maior coragem.

Ser infeliz é uma atitude muito covarde.
Na realidade, para ser infeliz, não é preciso nada.

Qualquer covarde pode ser, qualquer tolo
pode ser.
Todo mundo é capaz de ser
infeliz; para ser feliz é preciso coragem – é um risco tremendo.

Não temos o costume de pensar
assim.
Nós pensamos: "O que é preciso para ser feliz? Todo mundo quer ser
feliz."
Isso está absolutamente errado.

É muito raro uma pessoa
estar pronta para ser feliz – as pessoas investem tanto na infelicidade! Elas
adoram ser infelizes.
Na verdade, elas são felizes por serem
infelizes.

Há muitas coisas para se entender – sem entendê-las é
muito
difícil se livrar da mania de ser infeliz.

A primeira coisa
é:
ninguém está prendendo você;
é você que decidiu ficar na prisão da
infelicidade.
Ninguém prende ninguém.

O homem que está pronto para
sair dela, pode sair quando quiser.
Ninguém mais é responsável.

Se uma
pessoa é infeliz, é ela mesma a responsável.
Mas a pessoa infeliz nunca
aceita a responsabilidade – é por isso que continua infeliz.
Ela diz: "
Estão me fazendo infeliz" .

Se outra pessoa está fazendo
com que você seja infeliz,
naturalmente não há nada que você possa
fazer.
Se você mesmo está causando a sua infelicidade, alguma coisa pode ser
feita…
alguma coisa pode ser feita imediatamente.

Então ser
ou não ser infeliz está nas suas mãos.

Todavia as pessoas ficam
jogando nos outros a responsabilidade – às vezes na mulher, às vezes no marido,
às vezes na família, no condicionamento, na infância, na mãe, no pai… outras
vezes na sociedade, na história, no destino, em Deus – mas não param de jogar
nos outros.
Os nomes são diferentes, mas o truque é sempre o mesmo.

Um
homem torna-se realmente um homem quando aceita
a responsabilidade total – é
responsável pelo quer que seja.
Essa é a primeira forma de coragem, a maior
delas.

É muito difícil aceitá-la porque a mente vai continuar
dizendo:
"Se você é responsável, porque criou isso?".
Para evitar
isso, dizemos que os outros são responsáveis:
"O que eu posso fazer? Não
tem jeito… sou uma vítima! Sou jogado daqui para ali por forças maiores que eu
e não posso fazer nada. Posso no máximo chorar porque sou infeliz e ficar ainda
mais infeliz chorando".

E tudo cresce – se você cultiva uma coisa,
ela cresce.
Então você vai cada vez mais fundo… mergulha cada vez mais
fundo.

Ninguém, nenhuma outra força, está fazendo nada a você.
É você
e só você.

Isso resume toda a filosofia do karma – que é o seu fazer;
karma significa ‘fazer’.
Você fez e pode desfazer.
E não
é preciso esperar, postergar.
Não é preciso tempo – você pode simplesmente
pular fora disso.

Mas nós nos habituamos.
Se pararmos de ser
infelizes, nos sentiremos muito sozinhos,
perderemos nossa maior
companhia.
A infelicidade virou nossa sombra – nos segue por toda a
parte.

Quando não há ninguém por perto, pelo menos a infelicidade está
ali presente
– você se casa com ela….
E trata-se de um casamento muito,
muito longo;
você está casado com a sua infelicidade há muitas
vidas.

Agora chegou a hora de se divorciar dela.
Isto
é o que eu chamo de a grande coragem
– divorciar-se da
infelicidade,
perder o hábito mais antigo da mente humana,
a companhia
mais fiel.

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