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A truculência “engrossou o pescoço” Por Claudio Guedes

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Claudio_Guedes

Há alguns anos venho alertando muitos amigos do erro histórico em aceitarem – como muito fizeram movidos por um antipetismo irracional – os ataques indiscriminados e as manobras farsescas, ilegais e inconstitucionais, contra o PT da mídia hegemônica e por parte destacada do MPF e do juízo condutor da Operação Lava-Jato.

Deixei claro, quase sempre, que meus alertas não eram tentativas disfarçadas de defender lideranças petistas, muito menos cortinas de fumaça contra críticas a erros políticos do partido (ao qual, inclusive, não sou nem nunca fui filiado). Mas que minha preocupação era com a democracia.

Tentei demonstrar que o linchamento midiático de um partido de enorme importância para a democracia brasileira e a perseguição a lideranças deste partido, por uma justiça que se comportava de forma parcial e anti-republicana, era via aberta para o crescimento da intolerância e da violência política na sociedade.

Hoje vejo muitos, realmente muitos, desses amigos quase em desespero preocupados com o futuro do país.

Pois é.

A truculência “engrossou o pescoço”.

Neutralizou as instituições que deveriam garantir a lisura do processo eleitoral. Acua e ameaça abertamente a imprensa – mesmo a mídia que lhe é servil e, na maioria das vezes, conivente com o seu candidato autoritário. O candidato que lidera o processo eleitoral ameaça perseguir e eliminar fisicamente seus adversários, sem qualquer pudor ou vergonha. E, limite dos limites, um dos seus filhos, também político, esculhamba o Supremo Tribunal Federal (STF) e seus ministros.

A violência ameaça tomar as ruas. Os seguidores do candidato autoritário são incentivados por cantos de guerra e entram em êxtase com as palavras sincopadas de agressividade & rancor do seu líder.

Digo aos amigos vacilantes no passado e hoje desesperados. Calma, o estrago foi feito.

Agora é hora de tentar um último esforço para impedir a vitória do truculento e, caso não seja possível, organizar a resistência.

Porque, independentemente dos resultado do pleito, dia 29/10, segunda-feira, é dia de trabalho e de escola. A vida vai continuar. Pior ou menos pior? Vai depender, em muito, da gente.

Tudo, hoje, na próxima segunda-feira e sempre, precisa começar pelo entendimento de que a democracia só funciona e existe de fato quando os direitos de todos – todos os cidadãos independente de cor, sexo, preferência sexual, credo e ideologia política – são igualmente respeitados.

O recado que devemos passar deve ser claro: mulheres, negros, gays, transexuais, petistas, esquerdistas, democratas, dissidentes … todos são irmãos.

“Sr. Bolsonaro, caso o senhor seja vitorioso nas urnas, saiba, desde já: Não se atreva a tocar em meu irmão!”

Ou isso ou “chorar no pé do cabloco” que, como sabemos aqui na Bahia, de nada adianta.

Claudio Guedes é empresário.

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