Alô, marcianos! A Rita chegou! Por Guilherme Renso
Queridos e já saudosos terráqueos
Depois de escrever meu nome na história da música e de tanto tentar contato com eles, cá estou, pertinho
dos marcianos. Meu primeiro recado é para que fiquem tranquilos, pois já adianto que encontrei os bambas que conheci aí na terra.
Jair Rodrigues, por exemplo, veio em Disparada ao meu encontro, certamente oriundo de algum sertão celestial. Ele continua com seu jeito meninão de ser. Alegre, feliz e o coração do tamanho do mundo, Jairzão é risonho pela própria natureza.
Falando em risada marcante e, mesmo depois de ficar mais de 40 anos sem encontrá-la, Elis não perdeu sua forma hélice Regina. A gargalhada dela também é a mesma daquela menina que o IAPI dos guris viu nascer.
Tive essa certeza quando a revi, vestindo uma velha roupa colorida, atrás da porta principal de sua casa de campo. Já rolamos de rir entre os travesseiros de nuvens de algodão e fizemos planos de romarias bem excêntrica, o que inclui bêbados e equilibristas.
Lilica me falou, inclusive, que Tom e Aldir querem me ver logo e que, se eu precisasse de algo, poderia contar com eles. Amigo é para essas coisas, bicho!
Ah, manos! Nem preciso dizer que com o Erasmo a festa foi em dobro. Ganhei um tremendão de um abraço quando avistei-o numa rodinha responsa, com o Miele, a Vanusa, o Jerry e a Hebe.
Eu ainda quero ver tanta gente! Soube que a Cássia está perambulando entre o sol e a órbita dos planetas. Disseram-me também que ela continua sendo a mesma garotinha genial de sempre.
Bem! Agora eu tenho que ir. São coisas da vida, né?! E nessa prosa astral, acabei nem contando que a turma daqui preparou uma festa de arromba pra mim. O tema será “Agora chegou quem faltava: você!”. Engraçadinhos! Gostei da referência e fiquei honrada pela deferência.
Então, não fiquem tristes com a minha partida. Eu estou bem, muito bem por sinal, entre banhos de espuma, baladas dos loucos, casas de bambas e tantos outros.
Espera!
Falando em parafuso a menos, quem é aquele maluco com o violão nas costas e um carimbo na mão? Ah, óbvio! Só poderia ser Raul! Vou debater com ele esse lance estranho de início, fim e meio. Afinal, Raulzito continua vivo nos corações de vocês. Acho que eu também permanecerei!
Abraços e beijos
Rita eterna Lee
*Texto escrito por Guilherme Renso – Jornalista, escritor e admirador do legado deixado por Rita.