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Aldeia Nagô
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As BigTechs Declaram Guerra ao Mundo. Por Sérgio Amadeu

3 - 4 minutos de leituraModo Leitura

Texto publicado originalmente no blog da Editora Vêneta; pode ser lido clicando aqui.

As Big Techs não são meras empresas de comunicação e de entretenimento, são cada vez mais infraestruturas geopolíticas à serviço do Capital Financeiro”

Mark Zuckerberg anunciou que encerrará o programa de checagem de fatos das redes sociais do Grupo Meta. A partir dessa decisão, Zuckerberg se alinha definitivamente com os vencedores das eleições nos Estados Unidos, ou seja, se distancia dos democratas e se alinha com a extrema direita dirigida por Donald Trump e seu fiel escudeiro Elon Musk. Tal como o ex-Twitter, o atual X, sob o comando de Musk, as redes sociais Facebook e Instagram se tornarão veículos ainda mais liberados para a proliferação de todo tipo de desinformação e discurso de ódio.

Zuckerberg ao anunciar a nova postura de suas plataformas de relacionamento social afirmou ainda que existiam decisões secretas que os tribunais latino-americanos exigiam que fossem cumpridas. Não citou o STF brasileiro, mas o endereço do ataque não parece ser outro. Isso quer dizer que não cumprirá decisões judiciais ou que protelará ao máximo sua aplicação. Desse modo, se une a Musk que nunca engoliu ter que aceitar o cumprimento da lei brasileira.

Recentemente no X, mais exatamente no dia 6 de janeiro deste ano, Elon Musk, o escolhido por Trump para chefiar o Departamento de Eficiência Governamental, promoveu uma enquete em que perguntava “A América deveria libertar o povo da Grã-Bretanha de seu governo tirânico?”. Afirmar que o povo da Grã-Bretanha está submetido a uma tirania é o modo como a extrema direita trata democratas e sociais-democratas no mundo inteiro. É perceptível que Musk se coloca como o grande líder da extrema direita mundial.

A extrema direita brasileira se sente fortalecida com esses fatos e irá atuar para sustentar internamente os ditames dos seus líderes norte-americanos. Com a volta de Trump se reabilitam também figuras grotescas e negacionistas, como Alan Jones e seu InfoWar que havia sido banido das principais redes sociais. Os tempos mudaram e a onda fascista voltou como um tsunami.

Zuckerberg não escondeu sua motivação política ao pronunciar que “as eleições recentes também parecem um ponto de inflexão cultural para novamente priorizar esse discurso”. O CEO do Grupo Meta afirmou que está retornando “às nossas raízes em torno da liberdade de expressão”. Atacou a “remoção de conteúdos de forma silenciosa”. Ocorre que quem remove conteúdo sem aviso e reduz a visualizações de postagens são exatamente as Big Techs, o Grupo Meta e o Grupo Alphabet fazem isso de modo invisível, ao bel prazer de seus controladores.

Está evidente que a estratégia da desinformação será sustentada abertamente pelas Big Techs que estão assumindo os posicionamentos da extrema direita. Com isso, o discurso que nega a História real, combate a Ciência, não distingue ilações de acontecimentos, que tornam os valores reacionários o guia das condutas sociais, que define a verdade a partir do número de cliques e a monetização como alma das interações, se converte em conteúdo a ser priorizado e enaltecido nas redes de relacionamento social online.

As Big Techs e seus controladores se alinharão com Trump e com o fascismo de trajes neoliberais e as consequências para a comunicação em rede está muito além da disseminação da desinformação. Percebemos que a vigilância será aprimorada e os ataques à democracia serão ampliados. Buscarão utilizar seus sistemas algoritmos e suas redes neurais artificiais para organizar a mobilização dos indivíduos conectados para apoiar suas ações tecnopolíticas. As Big Techs não são meras empresas de comunicação e de entretenimento, são cada vez mais infraestruturas geopolíticas à serviço do Capital Financeiro e sua sede de poder. Espero que os democratas e as esquerdas tenham abandonado suas ilusões nas Big Techs. Mas, disso não tenho certeza.

Sérgio Amadeu da Silveira é um sociólogo brasileiro defensor e divulgador do software livre e da inclusão digital no Brasil. Foi um dos implementadores dos Telecentros na América Latina e presidente do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação. 

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