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Aldeia Nagô
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Bailarina baiana Maju Passos apresenta em Berlim/Alemanha solo de dança “Dona de Si” no festival ONSITE

3 - 4 minutos de leituraModo Leitura

O espetáculo traz a história de superação da bailarina Maju Passos, inspirado no itan “Oyá transforma-se em Búfalo” do livro “Mitologia dos Orixás”, do autor Reginaldo Prandi, e no livro “Tornar-se negra”, de Neusa Santos Souza

Tempo. É vento. Movimento contínuo. Dança rito para afirmar-se e ocupar. Após breve temporada de sucesso em Salvador, o espetáculo de dança “Dona de Si”, da performer e bailarina Maju Passos, será apresentado dias 31 de agosto e 01 de setembro, em Berlim, na Alemanha, dentro da programação do festival internacional de arte site-specific ONSITE, no Museum Kesselhaus Herzberge. A obra é um solo para se reconhecer e se permitir ser inteira.

As apresentações integram a Residência Artística Interdisciplinar do Festival, em que 20 artistas de diferentes nacionalidades, entre eles Maju Passos, desenvolvem trabalhos interativos em colaborações transdisciplinares. Vale pontuar que, o Museum Kesselhaus Herzberge já abrigou um dos mais importantes complexos hospitalares e psiquiátricos alemão, inaugurado no final do século XIX. Hoje, reformado, se tornou um complexo para exposições e outras apresentações artísticas.

“Uma das coisas mais interessantes dessa residência no ONSITE é que ela nos provoca reverberar esse intercâmbio em nossas pesquisas e obras. As trocas têm sido bem potentes e tenho sentido os atravessamentos no meu corpo de mulher negra, mãe solo e brasileira, nesse solo estrangeiro e isso, com certeza, irá reverberar no estágio corporal da minha performance. Mas, Dona de Si é também sobre esse estágio de metamorfose, é sobre me questionar dentro desse complexo”, ressalta Maju Passos.

“Dona de Si” faz parte da pesquisa de mestrado da artista, no Programa de Pós-Graduação em Dança da UFBA (PRODAN), que aponta a maternidade como dispositivo de criação e identifica a dança quanto uma tecnologia ancestral de conexão com o próprio corpo, com a própria história.

Bufalá

Com direção artística de Edileuza Santos e assistência de Sueli Ramos, “Dona de Si” tem como inspiração o itan “Oyá transforma-se em Búfalo” do livro “Mitologia dos Orixás”, do autor Reginaldo Prandi, e o livro “Tornar-se negra”, de Neusa Santos Souza, e dança o caminho de poderamento percorrido por Maju Passos após a maternidade para reconhecer-se. 

No itan citado acima, Iansã deixa a sua pele de búfalo escondida para passear como mulher, ao voltar não a encontra e se sente perdida. Neste momento, encontra Ogum, que jura amor e promete cuidado. Eles casaram. Mas, o que Matamba não sabia era que Nkosi tinha a pele dela na mão. Vale lembrar que, a pele é o nosso maior órgão, nele toda a nossa vivência é registrada.

Maju complementa que socialmente a “nossa pele de búfala geralmente está sob a custódia de quem deveria nos proteger, de quem nos promete amor. Se eu pego de volta o que é meu, não compactuo mais ao que está estabelecido para a manutenção de uma ‘ordem social’ que não tem espaço para a mulher que sou”.

Trajetória

Importante pontuar que, as primeiras células performativas de “Dona de Si” foram criadas e apresentadas dentro do próprio festival “ONSITE”, através de residência artística ocorrida em 2023. Na ocasião, a performance apresentada foi intitulada “Owner of Herself” e ocorreu dentro do Brucke-Museum. Agora, as células já ganharam corpo em estado constante de metamorfose.  

A obra é também um espetáculo continuidade de uma série de montagens produzidas desde em 2019, como “Donna”, um solo que coloca o corpo no limite a fim de responder de onde vem sua dor; “À Vista”, performance solo para eternizar o amor no corpo; “Funda” (2020/2021), um experimento de olhar e buscar, voltar para pegar o esquecido, abandonado ou roubado; o filme “Evocar” (2021), um convite para evocarmos nossos desejos de dentro; e “Passos” (2022), vídeo performance sobre uma mulher que busca na natureza um lugar de conexão para se libertar.

Ficha técnica

Idealização, intérprete-criação: Maju Passos

Direção e criação: Edileuza Santos

Assistência de direção artística e Preparação corporal: Sueli Ramos

Direção de Produção: Marcelo Galvão

Designer de figurino: Paulo Oliveira Cruz

Designer de luz e mapping: Vitor Hugo

Trilha sonora: Celo Dut e Dactes

Vídeo Acarajé: Ariel Cascadura

Artista do vídeo: Gislene Santos

Fotografia: Nti Uirá

Assessoria de Imprensa: Rafael Brito | Nsanga Comunica

Assistência de iluminação: André Oliveira e Cecília Vasconcelos ;

Operação de luz : Cecília Vasconcelos;

Operação de Vídeo e som : Amanda Cervilho

Apoio: Escola de dança da Ufba , Goethe

Realização: Mazurca Produções

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